segunda-feira, 12 de abril de 2010

Um sorriso para ti, um sorriso pra mim...

Eu passo horas a dar-lhe de mamar, limpo-lhe o rabiosque, acordo de noite de três em três horas e fico na conversa com ele até que lhe dá novamente vontade de dormir, não como chocolate por causa das cólicas, não bebo café por causa das cólicas, não bebo vinho porque não, em suma, a minha vida gira (quase) toda à volta dele e depois, veja-se só o descaramento, o primeiro sorriso para quem foi, para quem foi? Exactamente, acertaram: foi para o papá. Um papá ensonadissimo, que tentava, sem sucesso, convencê-lo que eram cinco da manhã, que estava acordado há mais de duas horas e que estava na altura de voltar a dormir. E mesmo assim levou com um sorriso. É verdade que a partir daí só eu é que fui presenteada, o que talvez tenha tido a ver com o facto de ter arrebatado a criança ao progenitor e ter ficado avidamente à espera que ela repetisse o sorriso. Repetiu e voltou a faze-lo várias vezes já desde aí. Tem um sorriso lindo e faz acender luzinhas dentro de mim, qualquer coisa relacionada com as hormonas, segundo li algures, e que tem um efeito próximo de uma droga, fazendo tilintar milhares de campainhas no cérebro das mães, deixando-as cheias de energia. Desconfio que é uma artimanha da natureza para nos ajudar a resolver o problema das noites mal dormidas.

p.s.: o primeiro sorriso do Pedro foi neste fim de semana, em que o levámos a conhecer a casa da Várzea. Gostou muito, está visto.

2 comentários:

gralha disse...

De certeza que ele não viu bem quem era, com o sono :)

Unknown disse...

E quem não gosta da casa da Varzea?
Quanto aos sorrisos, os filhos são uns ingratos...
;) Ana Cristina