sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Querido afilhado:

Quero agradecer-te pela lembrança. Tanto os humanos como os felinos lá de casa apreciaram bastante. E a Madalena, muito pragmática, concluiu de imediato que era óptimo porque assim já não tínhamos de ir ao Pingo Doce no fim-de-semana. A tua carta, que acompanhou esta magnífica oferta, deixou-me com uma lagriminha no canto do olho. Porque sim, tens tanta razão, quando falas nas muitas coisas que aconteceram nestes seis anos. E todas elas, digo eu também, "com um surpreendente final feliz". Devo admitir que tenho algum peso na consciência por não ter dado, a ti e à tua família, a atenção que vocês merecem, mas, sabes, lá em casa há dois meninos que requerem toda a atenção do mundo e quando não estou com eles o tempo não me dá para nada. Pode soar a desculpa de amigo da onça, mas acredita que me lembro muitas vezes de vocês e que, frequentemente também, chego a pegar no telefone para vos ligar, só que entretanto lembro-me que é a "hora da meditação" e que provavelmente me responderá apenas o atendedor de chamadas. Desculpa, mas é quando estou a ir para o metro, ao fim do dia, que consigo pôr em dia as conversas com os amigos.
Mas olha, vem aí um novo ano e estou cheia de boas intenções. Até lá, obrigada, obrigada, mais uma vez, pela maravilhosa lembrança. Fiquei fã do Pede Salsa.

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