sábado, 30 de junho de 2012

Pai, tu consegues

Pai e filhos sentados no sofá a jogar angry birds. Melhor dizendo, papá a jogar e eles a ver, um de cada lado, muito embrenhados numa jogada particularmente difícil que o pai já falhou várias vezes. Tu consegues, pai. Tu és o maior, diz-lhe ela. Tu és o maior da republica. Da republica checa, remata. O pai desmancha-se a rir e falha novamente a jogada. Isto de ser o maior da rapublica checa a jogar angry birds não é nenhuma pêra doce...

Considerações filosóficas

Dona Mada de manhã na casa de banho, depois de ter puxado o autoclismo: Ai, não gosto nada deste som! E eu: então porquê? Ora, mamã, tu às vezes também não gostas de algumas coisas, não é? E pronto, conversa encerrada.

domingo, 24 de junho de 2012

Livros para dar e vender


Adoro todos os meus livros. Talvez mesmo aqueles que nunca li e que provavelmente nunca hei-de ler, mas que, de uma forma ou de outra, vieram parar à estante cá de casa. É sempre um prazer entrar no quarto dos livros e olhar para eles, arrumados nas prateleiras, abri-los, cheirá-los, senti-los...
O problema é que o quarto dos livros transformou-se em quarto das brincadeiras e a estante é cada vez mais pequena para acolher os novos que vão chegando.
Assim sendo, alguns deles vão passar a estar à disposição de quem os queira, à procura de alguém que lhes dê uso e a quem venham a ser úteis. Alguns dados, outros a um preço baratinho, baratinho, o resultado final destinado a umas idas à FNAC para reforçar o contingente para o Verão. Para a mãe e, sobretudo, para os filhos.

(cada livro terá um link com mais informações. Estão todos em boas condições, a maioria como novos, outros apenas um pouco mais lidos, mas sem defeitos nem páginas rasgadas. Se necessário, posso enviar pelo correio).

Vão lá espreitar, vá. Nunca se sabe... Basta clicar aqui ou seguir o link lá em cima.

sábado, 23 de junho de 2012

A minha vida dava um filme

A vida dele, mais exactamente. Ora vejamos: houve aquela vez em que foi resgatado da Fundação Mário Soares. E outra em que foi parar à morgue de Santa Marta, onde foi acolhido por um simpático médico legista. Depois andou por fora durante quatro meses e, numa bela manhã regressou a casa como se nada fosse. Tem uma particular preferência por hospitais e durante uns tempos passeou-se diariamente pelo serviço de neurocirurgia dos Capuchos. Depois resolveu variar e mudou-se para Santa Marta, onde fez a delicia das enfermeiras mas de onde acabaria por ser expulso, vá-se lá saber porquê. A predilecção pelo sector da saúde leva-o também a passar belas tardes na farmácia e há relatos de que terá mesmo dormido algumas noites na cadeira da doutora farmacêutica. Menos excitante terá sido a aventura que o levou até ao lado de lá da Almirante Reis e até ao Intendente, onde o resgatámos de um quarto andar sem elevador onde, durante vários dias ficou detido por uma velhota que se perdeu de amores por ele e se recusou a deixá-lo voltar sozinho para casa. Desta vez escolheu um local bastante mais interessante e resolveu visitar a boite Sampayo, ali para os lados do Marquês. O seu dono, estranhamente, conseguiu até sair mais cedo do trabalho, ante a expectativa do salvamento, mas acabou por não passar da cozinha da conhecida casa de strip, onde o nosso querido Calvin se encontrava, já há algumas horas, fechado na casa de banho. Terminado mais um dia cheio de emoções, dorme agora, placidamente, na cama do dono, depois de ter enfiado o nariz na frigideira em cima do fogão e de ter inutilizado tudo o que lá estava. Amanha é outro dia e novas aventuras esperam por ele.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Grandes notícias

Hoje temos duas grandes novidades cá em casa: Pedrinho fez cocó no bacio e papá recebeu finalmente o seu iPad. Uma e outra motivo de celebração, embora o filho tenha sido bastante mais efusivo do que o pai. Primeiro chorou, infelicíssimo com o que lhe tinha acabado de acontecer, e depois riu a bom rir de tão feliz com os aplausos de toda a família, que foi em peso espreitar para o bacio. Daqui a pouco, rebentos na caminha, será hora de espreitar para a mais recente aquisição tecnológica cá de casa.

Leituras

O prémio da Mãe Blogger já serviu, pelo menos, para descobrir outros blogues com muita graça e que acabaram de ganhar mais uma leitora. O panados e arroz de tomate é um deles e vai já direitinho para a lista ali do lado que, por sinal, está a precisar de uma limpeza e restauro.
Quanto ao prémio, a concorrência de facto é forte, há que reconhecê-lo, e este blogue nunca teve veleidades de ter muitos leitores. Temos os que temos, são muito bons e recomendam-se. Muito agradecida pelas visitas. E pelos votos, já agora.

Espertinha

Madalena, larga o computador e vem jantar antes que a sopa arrefeça, digo-lhe eu pela enésima vez, sempre ignorada e ultrapassada por um episódio das Winx e já à beira de perder a paciência. Dona Mada, finalmente, lá se digna a responder, muito calma e sem tirar os olhos do ecran: Obrigada, mamã, eu hoje não janto, obrigada, dá o jantar ao Pedro.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Papá

Pedrinho desenhou o papá. Um papá com um grande sorriso, como fica sempre o papá quando está com os seus filhos. Desenhou o papá e depois veio mostrar a sua obra, muito satisfeito, do alto dos seus dois anos. E nós já a ver ali um Picasso na sua fase cubista, toda a estética geométrica a despontar, quem sabe a primeira obra que um dia os grandes museus do planeta hão-de disputar entre si. Ai que orgulho, que orgulho.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Este blogue vai a votos...

... e agradecia aos ilustres leitores que depositassem o seu voto aqui (página 4, por favor).
Trata-se do Prémio Mãe Bloger, promovido pelos senhores da CUF, e os vencedores ganham produtos Mustela para bebés que vinham mesmo a calhar lá em casa.
Para quem se deu ao trabalho de ir espreitar os prémios, quero desde já esclarecer que não há mais bebé nenhum a caminho e que apesar de o prémio ser uma "mala para a maternidade", o meu interesse são apenas os cremes e champôs e afins que vêm lá dentro. Isso e o gostinho de ganhar um prémio, pois claro...
A concorrência é difícil, mas desistir é um verbo que, teimosos como somos todos, não gostamos muito de conjugar lá em casa.

domingo, 10 de junho de 2012

No cinema


Fomos ao cinema, comemos pipocas e gelado, experimentámos sapatos, entrámos nas lojas todas e depois voltámos para casa de Metro, a tagarelar e a passear pela cidade. Dona Mada só se queixou já na subida para casa, que esta rua, como ela costuma dizer, "é muito cansadiça".
Suspeito que o filme que fomos ver - "Um monstro em Paris" - não estava destinado a ficar para a história, não se desse a coincidência de ter sido o primeiro filme que a Madalena viu no cinema. Mais tarde contou ao pai que as cadeiras tinham o Mickey e o Donald - palpita-me que foi o que mais a impressionou -, e resumiu rapidamente a história, explicando que havia um monstro que afinal era bonzinho e uma menina que cantava e que gostava dele, mas no fim já gostava de outro.
Tivemos um primeiro momento conturbado, quando se apagaram as luzes e lhe surgiu à frente uma televisão tão grande, tão grande, que nunca caberia na sala cá de casa.  Anunciou várias vezes que queria vir embora, mas passado o susto inicial, em que comeu pipocas furiosamente para enganar os nervos, instalou-se na cadeira que nem gente grande e papou o filme do princípio ao fim, mesmo as partes mais complicadas em que havia tantos conceitos novos que lhe era difícil acompanhar a história toda.
Já combinámos que este há-de ter sido o primeiro de muitos filmes no cinema, mamã e dona princesa num programa só de meninas.

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Clarinha

A Clarinha nasceu hoje e já estamos com muita vontade de a conhecer. É a mais nova moradora lá do prédio e, segundo o orgulhoso papá, é muito parecida com o mano Gabriel. Linda e maravilhosa, portanto.

terça-feira, 5 de junho de 2012

No casamento do Carlos

Eu teria uns sete anos, o Rui dois e a Zézinha doze. Tínhamos ido ao casamento do Carlos, o primo da minha mãe, filho da tia Bárbara dos Merendeiros.Os Merendeiros era o monte da minha avó Teresa, de que agora, provavelmente já pouco mais restará do que ruínas. O Carlos casou com a Manuela, que era muito bonita, e não os vejo há muitos anos, mas é deles que me lembro sempre que vejo esta fotografia. E lembro-me de, depois da igreja, os convidados terem ido todos para o Salto, outro monte, onde foi o copo-de-água. Antes da festa, os homens foram até ao quarto onde os noivos iam passar a noite de núpcias e deixaram notas em cima da cama, como presente de casamento. Eu  fui com o meu pai, e ainda me lembro que a colcha da cama era cor-de-rosa brilhante com folhos. E que a cama era de madeira e o guarda-fatos tinha um espelho. Depois não me lembro de mais nada, a não ser que o meu irmão naquele dia tinha o nariz partido porque tinha caído, coisa que nele era muito comum, porque andava sempre a inventar novas aventuras, como saltar um muro altíssimo para casa da vizinha Amerildes e do Zé Quico.
Hoje, a Madalena olhou para esta foto e disse, muito segura de si: mamã, Rui e Zezinha. Como é que sabes isso tudo, Mada? Porque vi a cara. Pronto, está explicado.

segunda-feira, 4 de junho de 2012

E a primeira frase do Pedrinho foi...

... "mamã, qué  mimi". Ou, traduzindo, "mamã, quero miminhos". Diz e depois encosta-se a mim a pedir colo e pronto, é uma carga de trabalhos para não o encher de beijinhos e não o largar.

domingo, 3 de junho de 2012

A menina dança?

E de repente, em plena Lisboa, um bailarico tal e qual os que se faziam - e fazem ainda - no meu Alentejo profundo. E não, até nem foi em nenhum bairro popular, não senhor. Foi no centro da cidade, ali para os lados de um jardim cheio de VIPs que nem devem ter achado muita graça ao barulho da música ao vivo. Mada gostou e dançou, e rodopiou, e fez sensação, a tal ponto  que uma senhora dançarina mais entusiasmada até quis dançar com ela, acabando por ser firmemente rejeitada. Pedrinho também abanou a anca, mas dado o adiantado da hora remeteu-se ao colo da mamã, e o pai deliciou-se com as habituais farturas, que ele, a bem da verdade, sempre que vai a estas coisas arranja lá os seus incentivos gastronómicos. A nossa primeira noite de santos populares, em que só faltou a sardinha, que, aliás, já me anda a apetecer há muito tempo. Nem que seja por isso, lá teremos de agendar mais uma incursão pelas festas da freguesia.