domingo, 18 de janeiro de 2015

# Os nossos trabalhos - pregadeiras e pulseiras

Trabalhos de um fim-de-semana de gripe. Duas pregadeiras que serão duas prendas de anos.

E mais uma pulseira para a Inna - uma das aniversariantes -, esta feita por dona Mada. Está uma profissional do crochet.

O amor

No final da primeira semana na escola nova, voltámos à escola antiga para um lanche com os amigos. Pedrinho foi recebido com grande alarido, muitos abraços e beijinhos, e voltou a sentar-se no seu velho lugar no refeitório. Foi ai que contou tudo sobre a escola nova, perante os olhares de admiração dos amigos, que nem queriam acreditar que ele agora já não dorme a sesta e que a seguir ao almoço vai sempre para o recreio, onde até há um escorrega.

Também trouxe já para casa os trabalhos que tinha feito no primeiro período na escola antiga. Entre eles uma bela estrela, a dizer que "o Natal é amor". Fui eu que disse à Mariana, explicou-me. E porquê? Porque [no Natal] ia ficar com a mamã, com o papá, com a minha família... é o amor".

É mesmo, Pedrinho. É um amor muito grande.

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Valente Pedrinho


 O Ano Novo trouxe-nos uma novidade: uma vaga no Jardim de Infância na escola da Madalena deixada por uma menina cujos pais emigraram para França. Pedrinho estava em primeiro lugar e a vaga era para ele, mas foi difícil tomar a decisão de o tirar da sua zona de conforto, a meio do ano, e mudá-lo para uma sala cheia de meninos desconhecidos e sem os professores que conhece desde os 18 meses. Na impossibilidade de pedirmos aos nossos próprios pais que nos resolvessem eles o imbróglio, lá nos enchemos de coragem. Pedrinho mudou mesmo de escola. Começou ontem, muito sério, corajoso, sem um queixume, a não ser a constatação de que “o Bernardo e o Pedro Santana vão ficar muito tristes”. À noite, em casa, não quis falar muito sobre o assunto. Sim, a escola foi boa. Sim, a professora também. No recreio brincou com a mana e com os amigos da mana. E os brinquedos “são fixes”, até há um camião do Faísca com o Faísca lá dentro. A sopa de abóbora e a massa também eram boas, agora a “laranja com casca” é que nem pensar. E foi o último a acabar porque esteve a falar com um amigo sobre as coisas que comiam. “O meu amigo come tubarões e eu uma baleia. É tudo faz de conta, mamã.” E como se chama o teu amigo? “Não sei.” E acabou ali a conversa.  
Esta manhã o acordar foi difícil. O pequeno-almoço lento. Queria a mamã. Depois queria o papá. Mas lá foi. Novamente sério, novamente corajoso, sem nenhuma queixa. Sem choros. Um menino valente, que está triste, mas não dá parte de fraco e que nos deixa com o coração ainda mais apertadinho.