terça-feira, 30 de setembro de 2008

felicidade

As bolsas estão em colapso, a economia mundial vai por aí abaixo e eu estou em casa, de licença de maternidade, com tempo para brincar com a minha filha linda e maravilhosa... Que mais pode uma mãe querer?

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

leitinho da mãe é bom e recomenda-se

Quatro meses, 65 centímetros e a caminho dos 6 quilos. A Madalena vai muito bem e não precisa de começar já com as sopas e papinhas, porque o leitinho da mamã ainda lhe chega muito bem. Saí da consulta na pediatra com um sorrisinho de orelha a orelha, inchada de orgulho da nossa performance. Somos as maiores!

Virou-se!

Pois foi. Sem ajuda de ninguém. De repente olhámos para ela e estava a dar uma voltinha para o lado direito, mãozinha estendida, decidida a apanhar o boneco que tinha ficado um bocadito longe. Hoje à tarde, no tapete, não saiu do lugar uma única vez e agora à noite já se voltava sozinha. Eu e o pai, de mãos estendidas não fosse ela entusiasmar-se e saltar do sofá abaixo, assistimos de sorriso parvo na cara e baba a escorrer em abundância. O nosso tesourinho está a crescer.

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Espanha não, obrigada

A rapariga detestou. E não se ensaiou muito a demonstrar o seu desagrado: abriu o pulmão e pronto, o passeio por terras de Espanha lá ganhou uma banda sonora de tal forma insuportável que não nos restou outro remédio senão apanhar rapidamente o barco para Vila Real de Santo António. Não houve caramelos para ninguém, não houve visita à loja dos candeeiros (o pai adorou esta parte, apesar de pôr aquele ar de "ai-que-pena,-que-agora-é-que-iamos-finalmente-comprar-o-candeeiro-para-a-sala") e a travessia foi dentro do carro, porque sua excelência decidiu que era mesmo naqueles dez minutinhos que tinha de fazer um lanchinho. Mal pusémos um pé em terras lusas, calou-se e foi só sorrisos o resto do dia.

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Praia do Cabeço

Chegámos à praia já atrasados, carregadissimos com saco das toalhas, saco da criança, cadeira da criança, cadeira da mãe para o caso de a criança ter fome, chapéu de sol, tenda para a criança e, claro, criança. Parece muito, mas até não é. Custa é não esquecer de nada e aquela ideia peregrina de às oito da manhã estarmos com os pézinhos na areia é impossível. Enfim, chegámos atrasados, mas muito animados, prontos para uma belissima manhã de praia, sem sequer nos passar pela cabeça que com o vento que estava não havia de ser lá muito fácil. Poupo aos leitores a descrição das nossas tentativas de montar a tenda, que hão-de ter animado o dia dos banhistas já instalados ali à volta, mas a coisa foi de tal grau que nos pirámos de volta para o carro antes que a pobre da Madalena apanhasse com um verdadeiro banho de areia.
Não houve praia, portanto, mas o saldo acabou por ser positivo, porque andámos a passear de carro e descobrimos uma praia que é um pequeno paraiso, a Praia do Cabeço. A Mada foi devidamente instalada no bar que lá há e que agora não tem ninguem porque vai ser reconstruido e acabámos por conseguir dar uns belos mergulhos sem areia a fustigar-nos. Vale-nos o bom feitio da princesa, que anda de um lado para o outro (quase) sempre bem disposta.

sai à madrinha...

Desconfio que a Madalena gosta mais de usar a mão esquerda...

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

mãos para que vos quero

A Madalena descobriu as mãos. Enfia o polegar na argola da chucha, agarra com o indicador e lá vai ela, direitinha à boca. Fica por ali um bocado, atinadissima e muito determinada, acerta à esquerda, depois à direita, sobe um bocadinho até ao nariz, mais umas tentativas inglórias e... já está! a chucha entra na boca, direitinha como se tivesse sido a mamã a pô-la lá. São grandes vitórias, ainda que ela de vez em quando desista e resolva pura e simplesmente usar o polegar, que é muito mais fácil. Claro que só é determinada quando quer, porque muitas vezes recusa-se sequer a agarrar seja o que for que lhe tentemos oferecer. Curiosamente, ontem estendeu imediatamente a mãozinha para aceitar os 25 euros que lhe deu a Tia Teresinha, sem sequer me dar tempo para interceptar as notas e obrigando-me a sacar imediatamente dos belos dos toalhetes. Esta rapariga sabe o que quer...

domingo, 7 de setembro de 2008

no cinema


Aquele Querido Mês de Agosto
De: Miguel Gomes
Com: Sónia Bandeira, Fábio Oliveira, Joaquim Carvalho
Género: Documentário, Ficção


Ontem fui ao cinema pela primeira vez desde o nascimento da Madalena. Ela ficou em casa com o papá, já de banho tomado e com o biberão de leitinho à mão, para o caso de lhe dar fome. E deu, claro, que o reloginho suiço nunca falha. Deu-lhe fome, mas deu-lhe também um mau feitio inesperado, com uma choradeira interminável. O papá aguentou estoicamente e quando cheguei a casa o monstrinho da tasmânia tinha desaparecido e lá estava o nosso anjinho, a dormir muito calminha. Eu também aguentei até ao fim do filme sem ligar a perguntar como é que ela estava, mas vontade não me faltou. Fez-me bem ter saído, mas também me fez ficar a pensar em como será quando voltar ao trabalho e tiver de ficar longe dela um dia inteiro... Não, não quero sequer pensar nisso, muito embora os seis meses se aproximem tão velozmente do fim...

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

mãe em depressão

"Obrigada!", digo eu ao rapaz que acabou de me ajudar a subir dois lances de escadas para conseguir ir à Comissão da Carteira Profissional (se fosse um jornalista em cadeira de rodas estava bem tramado, mas isso é tema para outro post). Acontece que o prestável rapazito, não era só prestável (Sérgio, salta esta parte, por favor), era também moreno e de olhos verdes, giro que se fartava, a destilar charme por todos os poros. E eu, cansadissima de vir há mais de uma hora a empurrar o carrinho da Madalena, presenteei-o com o meu melhor sorriso, depois de tirar os óculos escuros e compor disfarçadamente o cabelo. Mal sabia que o meu ego estava prestes a sofrer um abalho do tipo terramoto de 1755. Ao meu simpático "obrigada", ele respondeu com um igualmente simpático "de nada, minha senhora". Minha Senhora? MINHA SENHORA? Quase morri do coração e ainda estou para saber como é que aguentei o sorriso e não empurrei o moço pelas escada abaixo. Entretanto, e enquanto subia a Avenida da Liberdade furiosa, de regresso a casa a 200 à hora, jurei que vou acabar com os cinco quilos a mais que me ficaram depois do parto. Só não sei é quando, que isto de amamentar dá uma fome terrivel...

conversas

A rapariga descobriu que pode falar. Até agora só a ouviamos quando chorava, o que nela é raro e significa quase sempre que está com fome ou então entediada com um qualquer evento social em que não a deixam dormir. Por isso ficámos a olhar um para o outro, eu e o papá, quando de repente a ouvimos, lançada num grande discurso, em frente à televisão. Desde aí, quando está de maré, já nos responde quando falamos com ela e a tentamos imitar. Sim, porque estamos tão orgulhosos da verborreia da princesa, que agora já somos nós que a imitamos, naquelas figurinhas que antes viamos os nossos amigos a fazer e com as quais nos fartávamos de gozar.
Os livros sobre bebés avisam que os pais reconhecem o choro dos filhos entre todos os outros, algo que me fazia um bocado de confusão, mas que comprovei logo na maternidade. O choro da Madalena é muito dela e consigo perceber quando está com fome ou com sono, quando lhe doi a barriga ou quando, simplesmente, está farta de nos aturar. Agora fico desejosa de saber qual será o som da voz dela e como será ouvir as suas primeiras palavras. Qual será a primeira que lhe sai? E quando será? Para já é certo que é uma tagarela, mas só quando está para aí virada. Quando não está, bem podemos fazer figuras de parvos à frente dela, eu e o pai, com todos os gugu dádá que nos lembramos, que a ela não se lhe arranca uma sílaba.

Mafalda


A Mada perdeu o titulo de membro mais novo da família: agora temos a Mafalda, que nasdeu a 20 de Agosto em Beja. Ao pé dela, a Madalena já parece que está a caminho da universidade...