Apesar da aparente normalidade com que médicos e enfermeiros encaram a coisa, Dona Princesa foi catalogada como caso urgente, o que fez com que fosse atendida ao fim de duas horas, mais coisa menos coisa.
Miuto bom, tendo em conta que, na sala de espera a rebentar pelas costuras, havia pais e meninos plantados há mais de cinco horas. E não era nada mau, que já houve dias em que a estimativa - depois confirmada - eram nove horas e meia.
Nove horas e meia, contou-me, entre sussurros, a auxiliar de limpeza que vinha do Barreiro e tinha um amigo bombeiro que lhe dizia que aquilo ali ainda estava pior do que o São José. Mas a menina sabe como é, sabe o que lhes fizeram, cortaram-lhes os subsídios e os ordenados e eles têm que se revoltar de alguma maneira.
Pois, eu sei. E também sei que nunca tinha visto tanta gente à espera e que muito provavelmente os médicos continuam a dar o seu melhor, como sempre deram, só que agora há menos gente a ir aos privados, onde é preciso pagar as consultas. E se calhar também há menos médicos, porque que os cortes na Saúde têm de deixar rastos, dê lá por onde der. Esperar nove horas para saber o que está a provocar a febre a um bebé ou porque é que vomita ou porque é que lhe dói a barriga, ou outra coisa qualquer, é absolutamente desesperante. E é um indicador arrepiante daquilo em que se está a transformar o nosso País.
PS: Madalena, querida, se puderes, por favor não repitas, está bem? É que a mamã, mais uma vez, ia tendo uma apoplexia por te ver naquele estado...
4 comentários:
Os Mimos da mãe,estão á tua espera.
Beijinhos,
Parece que afinal não fui unica nesta coisa das febres neste carnaval:(
Por aqui começou o ricardo,eu e agora a ana(tudo de seguida),já não estou habituada a estas azafamas de brufen e benurom a cada 4 horas.
bjinhos
Parece que as urgências da Estefânia têm estado lotadas mas reforço das equipas, nem pensar... Pela Maternidade, que como sabes conheço melhor, as coisas têm estado muito movimentadas, a contrariar as notícias de programação do seu fecho... e mesmo necessitando de mais pessoal já dispensaram o pessoal de enfermagem que estava a trabalhar em regime de sub-contratação.
Beijinhos da Ana Cristina
É uma vergonha o que estão a fazer aos nossos hospitais, Ana Cristina. E pode tornar-se dramático...
beijinhos
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