quinta-feira, 16 de agosto de 2012

O dia em que as gémeas vieram de visita

Uma tarde em beleza, com muitas brincadeiras a quatro e sem uma única lágrima ou discussão. Pedrinho e Madalena, muito protectores das duas bebés, ele às vezes um bocadinho antipático quando elas se aventuravam mais nos seus brinquedos preferidos, mas sempre sem grandes stresses. E o que elas gostaram de ver o Panda. Tanto, tanto, que por várias vezes a televisão quase foi derrubada, porque insistiam em fazer festas nos bonecos. Senhor Calvin refugiou-se no quarto do fundo, aborrecido de tanta barulheira, e nós deixámo-los correr à vontade pela casa e desarrumar o que lhes apeteceu. Sofia e Solange têm de vir mais vezes.

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Viagem a Santo António dos Cavaleiros

Desta vez o telefonema foi para o homem lá de casa:
- Estou aqui com um gato, perdido, cheio de fome...
- É o meu gato, o Calvin, diz o Sérgio, ou, melhor, tenta dizer, porque, do lado de lá, a pessoa que ligou nem o ouve. E prossegue, cada vez mais zangado:
- Vocês deviam ter vergonha, vão de férias, abandonam os animais, e agora anda aqui o pobre do gato...
Sérgio respira fundo, já um bocado irritado, a tentar não se chatear a sério com o homem que até se tinha dado ao trabalho de telefonar:
- Mas onde é que ele está?
- Está aqui ao pé do talho do Luis, não sabe onde é? Ao lado da churrasqueira da Flamenga.
E o Sérgio dem perceber nada daquilo:
- Não estou a ver onde é que é...
- Então não sabe? É aqui em Santo António dos Cavaleiros, gritou ele, cada vez mais furioso.
Bom, abreviando, o nosso gato viajou de Lisboa até Santo António dos Cavaleiros, nunca saberemos como, e lá tivemos de o ir buscar. O senhor do talho do Luis acabou por descobrir que não eramos perigosos meliantes e que até nos preocupávamos com o gato e chamou a senhora do cabeleireiro, mais o vizinho da esquina e de repente já estávamos a falar com uma data de gente e todos tinham visto o Calvin. Finalmente lá o encontrámos, a passear tranquilamente no jardim, e trouxemo-lo para casa. Durante uma semana não saiu, mas entretanto já retomou os seus passeios, porque assim é que ele é feliz.

Matemática e medicina

Desculpem lá estar a puxar dos galões, mas de vez em quando mesmo a mais modesta das mães (que não é o meu caso) não consegue resistir. Então é assim: Dona Princesa, do alto dos seus quatro anos e três meses conta lindamente até cem e, descobrimos ontem, conta, com toda a segurança, de dez para zero. Ao contrário, portanto. Ah, e também decidiu que quer ser médica. Parece ser uma decisão bastante firme, já que se mantém há pelo menos três dias.

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Histórias de dona princesa

Madalena conta uma história às bonecas enquanto eu levanto a mesa do jantar. A meio caminho da cozinha, apanho apenas uma frase, mas, seguramente, a melhor: "Ele não gostava de cocó, por isso não comia, para não ter de ir à casa de banho".

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Rrrrrrrrrrrr...

- Pedrinho, como é que faz o papá quando ressona?
- Rrrrrrrrr...
- Boa! Então agora diz lá: Rrrrrrrui
- Rrrrrrui!!!
E foi assim que o nosso homem pequenino aprendeu mais uma palavra, que depois repetiu, orgulhosamente, ao longo do dia. Quem lhe ensinou foi a Madalena, porque lhe tínhamos contado que assim é que ela própria tinha aprendido, dando uma utilidade prática ao ressonar (raro, rarissimo...) do homem cá de casa.