segunda-feira, 28 de maio de 2012

Marie: a prenda da Bia

Chama-se Marie e foi a prenda da melhor amiga, a Bia, que achou que seria "o presente ideal" para a Madalena, que "adora gatos". Eu e o Sérgio, num momento de pura insanidade, resolvemos aceitar e agora estamos os dois de cócoras no tapete da sala, a olhar para dez centímetros de gata e a discutir sobre quem é que lhe vai ensinar onde é o tabuleiro da areia.
(...) 
Fui eu, naturalmente.
Não tenho a certeza de ter sido bem sucedido, mas dona gata não poderá queixar-se de falta de informação quando, amanhã, a Inna a apanhar a fazer xixi pelos cantos.

O(s) dia(s) em que dona Princesa fez quatro anos

Foram tantos como cinco. Cinco bolos de aniversário, outras tantas velas apagadas ao som dos parabéns a você. Desconfio que tanta fartura até acabou por banalizar um bocadinho a efeméride, mas dona princesa, sempre no centro das atenções, adorou.
Primeiro foi o Rui que, logo de manhã, lhe fez a surpresa de lhe levar um queque de chocolate com uma vela e de lhe cantar os parabéns à porta da escola. Durante a tarde houve festa na sala azul, com o bolo das winx que a mamã fez e, à noite, a avó e as tias vieram jantar e trouxeram mais um, desta vez devidamente engalanado com uma Sininho.
Muita emoção, muitas prendinhas, mas a verdadeira festa foi no sábado, no parque infantil do Parque Eduardo VII. Também houve bolo, naturalmente, acabado à pressa durante a manhã, por dois pais extenuados de tanto fazer sandes e preparar outros petiscos para o piquenique. Saímos de casa já em stress, não fosse algum convidado chegar antes de nós - como de facto aconteceu - e quase tivemos um colapso quando chegámos e descobrimos que as únicas duas mesas estavam já ocupadas com outras festas de anos.
Um pequeno percalço sem importância, já que acabámos por fazer um daqueles piqueniques à séria, na relva, em cima de uma manta, mesmo ao pé dos baloiços e dos escorregas, papás sentados no chão, miúdos a correr por todo o lado, Madalena feliz, feliz, feliz, Pedrinho também, a festa de anos perfeita.
Da escola vieram Bia (a melhor amiga e a primeira a chegar), Matilde, Mohamed e mana Fátima, Maimuna e Ester. E vieram também a Laurinha e o mano Vicente, Alice e mana Sofia, Alice e mano Vasco. Mais os papás respectivos, mais o Rui, mais a tia Xanda, a Ana e a Catarina.
Um mar de gente a encher a relva e, três horas de puro prazer depois, regresso a casa, banho tomado, jantar na Rampa e um sono mais que merecido para toda a família.
O quinto bolo foi no dia seguinte, no Alentejo, juntamente com a festa de crisma da Joana e à mistura com mais uma leva de mimos e de prendas.
Amanhã,finalmente, é dia de regresso à escola e ao trabalho. Para descansar das festas de anos.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Ainda o vocabulário do Pedrinho

Depois de ter duplicado o seu vocabulário nas últimas férias, Pedrinho, 27 meses, está lançado e estou certa de que, mais uns tempos e ninguém o pára. Além de "papá" e "mamã" diz "vô", que tanto dá para avô como para avó, "miau", "ão, ão" e faz mais umas imitações de animais que só ele é que entende. De vez em quando também chama pelo Rui - "Gu" - e hoje, quando cheguei a casa ao fim do dia, deparei com uma Inna a rebentar de orgulho porque o Pedrinho tinha uma palavra nova: "cocoio", leia-se, Pocoyo, esse ícone dos desenhos animados para miúdos.
Tenho a mais absoluta das certezas que ele percebe tudinho o que ouve, mas prefere não dizer nada porque não se sente seguro das suas potencialidades. Quando perceber que afinal é tão fácil, solta-se-lhe a língua. A dra. Filomena, a médica dele, respondeu-me muito calmamente que "ele está a absorver informação". "Dê-lhe tempo", aconselhou, perante a minha impaciência em ouvir finalmente o meu filho a falar e saber o que vai naquela cabecinha. É esperar, portanto, que a paciência é uma virtude muito importante.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Em contagem decrescente

Primeira frase ao acordar: Mãe, é hoje que eu faço anos? Não, Madalena, é só na sexta-feira. Mas porque é que não pode ser hoje? Porquê?
Hoje entrámos na contagem decrescente para o grande dia dos quatro anos e ontem à noite estivemos a preparar os cartões de convite para os amigos da escola. Uma emoção muito grande a antecipar o grande dia dos quatro anos, uma emoção quase tão grande para mim como para ela, a minha filha que há dois dias acabou de nascer, mais uns aninhos e entra-me para a universidade. É que já não falta muito, a ter em conta o primor com que escreveu o nome dos amiguinhos em cada um dos convites, como os  ilustres leitores poderão confirmar na foto aqui do lado.

Primeiro desgosto

Mamã, mandei a música das Winx para o caixote do lixo! Madalena, de iPhone na mão estendida, à beira das lágrimas. Tantas vezes viu e reviu a pequena filmagem que fizemos no concerto com o telemóvel, que se enganou e sem querer a apagou. Um erro crasso, porque por mais que tentasse não lhe consegui recuperar o filme. E quando finalmente tive de lhe confirmar a má notícia, Dona Mada ficou tão triste, tão infeliz, que se eu pudesse tinha ido a correr assistir a outro concerto das Winx só para lhe filmar mais cinco minutos. Chorou, chorou, inconsolável, as lágrimas a correrem e sem uma única palavra, só uma tristeza muito grande, os ombros a subir e a descer ao ritmo dos soluços, que aquilo não era birra, era desgosto a sério, daqueles que sentimos perante a força de uma inevitabilidade. E eu a pensar que quem me dera poder protege-la para sempre de todas as perdas e desgostos que há-de ter pela vida fora, porque viver é isso mesmo, mas sabendo perfeitamente que muitas vezes pouco mais poderei fazer além de a abraçar assim, com muita força, e desejar que ela venha sempre ter comigo quando precisar de um ombro. Acabou por adormecer deitada no sofá, a cabeça no meu colo, agarrada à sua Gatinha. Quando acordou, nem uma palavra mais sobre o acidente, mas à noite na cama, as luzes já apagadas, ainda me disse mamã, mandei a música das Winx para o caixote do lixo...

domingo, 20 de maio de 2012

Pedrinho foi ao baieta

Depois de várias cortadelas caseiras, da mamã e da Inna, Pedrinho foi, finalmente, ao barbeiro. Levou-o o papá, ao mesmo sítio onde ele próprio sempre cortou o cabelo e onde também ia o avô António. Mamã, que não estava prevista, foi chamada à última hora, perante a iminência de um ataque de mamãzite agudo e Madalena, naturalmente, seguiu por acréscimo. Como a avó Gracinha também se juntou ao grupo, provocámos uma enchente no barbeiro. Pedrinho portou-se à altura, muito compenetrado, sem uma única palavra, mas também sem uma única lágrima, cabeça muito quietinha enquanto o barbeiro, do qual não sabemos o nome, desferia tesouradas umas atrás das outras e cortava, impiedoso, a melena loura do nosso pequeno herói. Madalena, depois de anunciar que estava cansada, instalou-se numa das cadeiras de espera com uma revista na mão - por acaso a GQ, com uma menina muito jeitosa e de maminhas de fora, como convém ter um qualquer cabeleireiro masculino.
Como não lavou o cabelo, Pedrinho, ou melhor, o papá, pagou nove euros pelo seu primeiro corte capilar. Saiu de lá ao colo da mãe, muito agarradinho, não fosse alguém lembrar-se de o voltar sentar na cadeira do barbeiro. Papá, orgulhosíssimo, anunciou ao mundo que daqui para a frente Pedrinho passa a acompanhá-lo ao barbeiro. Coisas de homem, justificou.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

terça-feira, 15 de maio de 2012

Da preparação para as férias.


Um pequeno à parte para anunciar que as raparigas cá de casa já estão preparadas para o Verão. Dona Mada tem um belo fato de banho, com uma Minie na barriga. Mamã um lindo biquíni, discreto e sem minies que chamem muito a atenção para a barriga. E tem também uma novíssima inscrição no ginásio do Benfica, onde, jura a pés juntos, se deslocará religiosamente três vezes por semana até fazer baixar os malfadados ponteiros da malfadada balança. Quando chegarem as férias, voltamos a falar sobre o assunto.


domingo, 13 de maio de 2012

O dia em que a Gatinha fez anos


Para dona princesa, foi uma semana de emoções, que provavelmente só será ultrapassada pela do seu próprio aniversário, lá mais para o fim do mês. Na escola, desde segunda-feira que não se falava de outra coisa: dia 10, a Gatinha faria anos. A Gatinha, para quem não sabe, é a grande amiga da Mada. Chegou no Natal de 2008, pela mão da avó Fernanda da Catarina e da Ana, e desde aí que não se largam uma à outra, a mãe e o pai sempre no pânico de um dia se perder a Gatinha e aí o que é que nós vamos fazer. Ora, a Gatinha faz anos a 10 de Maio, não me perguntem porquê que eu não sei, porque quem determinou a data foram dona Princesa e seu papá, e este ano houve festa na escola, organizada pela Susana e pela Lena, que devem ser as educadoras mais competentes de toda a Grande Lisboa e que, logo por sorte, calharam à Madalena.O aniversário da Gatinha tornou-se um projecto para a sala azul e no tão aguardado dia a sala estava decorada a rigor, havia fotografias e desenhos da Gatinha por todo o lado, bandeirinhas das Winx penduradas no tecto, guloseimas escondidas na estante prontas a sair para o lanche e - tinha de ser, pois claro - um bolo em forma de gatinha, laboriosamente preparado nas noites anteriores por dona Princesa e sua mamã. 
O grande dia nem começou lá muito bem, porque saímos de casa atrasadíssimos, esquecemo-nos de que tínhamos o carro mal estacionado e, azar dos azares, a aniversariante ficou em casa, deixando toda a gente à beira de um ataque de pânico e obrigando o papá a fazer a volta completa do porta-a-porta, que nessa manhã, num verdadeiro milagre, conseguiramos apanhar.
Percalços ultrapassados, a festa foi um sucesso, a avó Gracinha foi lá em representação da família e o Pedro manteve-se na sua sala, no andar de baixo, porque a mana achou que ele era "muito pequeno" e "não ia perceber nada". Por outras palavras, não o quis por lá a chatear e ponto final. 

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Venham mais assim

Foi o final de férias perfeito. Domingo, onze da noite, véspera de voltar ao trabalho e Pedrinho não quer dormir. Acorda, estica-se todo, chora um choro infeliz, estranho, dói-lhe qualquer coisa, de certeza. Não fazemos ideia do que seja e eu só me lembro da última vez em que ele passou uma noite tão desinquieto e no dia seguinte o médico me informou que o miúdo estava com falta de ar. Toca de chamar um táxi e lá fomos os dois para a Estefânia, mochila às costas, mamã preparada para uma bela noitada.
Afinal, ao fim de uma hora estávamos de regresso. Diagnóstico: uma otite, resultante do estado viral que me ataca a criança já lá vão 15 dias. Receita: uma semana de antibiótico. E eu cada vez mais fã daquele hospital, que tem médicos tão simpáticos e competentes e que me renova sempre a fé no Serviço Nacional de Saúde.
Apesar da otite e da chuva com que o São Pedro nos presenteou, as férias souberam a férias. Passámos uma semana coladinhos uns aos outros, mas ainda houve cinema, dança, feira do livro, monte, escondidas com os avós, escorrega e muita Sininho na televisão.Venham mais dias assim.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Notícia de última hora

Pedrinho duplicou o seu vocabulário nestas férias. Agora, além de "papá", começou também a dizer "mamã". E diz tão bem, tão bem, com uma dicção tão perfeitinha, que melhor mesmo só a forma absolutamente fantástica como imita o papá a ressonar. Uma pérola.