quarta-feira, 20 de maio de 2009

A nossa Imeldinha

Adora sapatos. Consegue tirá-los, põe na boca, vira e revira, são uma brincadeira óptim. Durante uns tempos até levava uns, de que gostava em particular, para lhe fazerem companhia nas sestas. Foi das primeiras palavras que aprendeu: põe o sapato no pé, Madalena, e ela põe e depois fica a olhar para nós, muito orgulhosa.

terça-feira, 19 de maio de 2009

Birra

Não há quem a segure: agarra-nos nas mãos e exige ser passeada pela casa fora. É ela que escolhe o percurso, naturalmente, e nem pensar em desvios, porque levamos logo com um valente protesto. Hoje decidiu que queria ir para o jardim por isso conduziu-me, muito competente, até à porta e lá ficou, a olhar para cima e a pedir que lha abrisse. Ela só diz "mamã" (diz sim senhor!), mas consegue fazer-se entender muito bem. E quando não lhe fazemos as vontades atinge já um nível muito respeitável de decibéis. Hoje deve ter conseguido fazer-se ouvir lá em cima no quarto andar, mas eu achei que estava muito frio e que já não eram horas de ir para o jardim e resignei-me à barulheira. Não serviu de nada, porque entretanto chegou o pai, ela repetiu o mesmo número e ele, claro, não resistiu às pressões e levou-a lá para fora. Fez-lhe a vontade, em suma... Temos de rever aqui em casa as normas disciplinares, que isto assim não pode ser!

segunda-feira, 18 de maio de 2009

O comando é meu...

... e não só. Afinal,para que interessa um comando, se podemos ir directamente ao aparelho do Meo, dedinho estendido e apontado ao botão com a luzinha verde que quando se carrega fica vermelho? É giro. Muito giro. Sobretudo porque desliga a televisão.
Descobriu sózinha e agora passa a vida nisto, para desespero do papá, que achava que tinha o monopólio do pequene ecran. Lá vai a gatinhar, muito decidida, desliga a coisa e depois vira-se para nós, muito satisfeita consigo própria.
Decidimos fingir que não era nada, que nem ligávamos, para não dar demasiada importância à coisa e a ver se ela se esquecia. E esquece, mas durante pouco tempo, que as luzinhas e aquela descoberta do seu poder sobre a televisão são verdadeiramente irresistíveis.

sábado, 16 de maio de 2009

Madalena foi à feira

E lá subimos as duas, ela no carrinho, enfiada em casacos até ao pescoço, eu a empurrar, orgulhosa da minha filha linda e maravilhosa, a sorrir para toda a gente que dava um sorriso à Madalena. Andámos pelos alfarrabistas e comprámos livros da Patricia Highsmith a cinco euros cada, comprámos farturas a meio da subida para recuperar as forças e mergulhámos na praça da Leya, que tem a mania das grandezas, mas conseguiu juntar as melhores editoras da Feira. Comprámos livros para a Madalena, outro para a Angelina e mais outro para o aniversário da tia Xana. E mais uns quantos para a colecção cá de casa do David Lodge e do Tom Sharpe.

Ainda não foi desta que concretizei o meu sonho de comprar todos os livros que me apetecesse sem ter de me preocupar com o preço - quando era miuda costumava pensar que até podia levar uma daquelas malas com rodinhas, para poder trazer tudo para casa - mas esta deve ter sido a minha melhor visita de sempre à Feira do Livro. Foi, pelo menos, a que teve a melhor companhia - náo chorou, aguentou estoicamente todas as paragens e é linda que se farta.

Há um ano tinha lá estado, já com uma barriga enorme, mesmo na véspera do grande dia.