quarta-feira, 30 de julho de 2008

vacinas

Vá lá que, como diz o pai, nos calhou a melhor enfermeira de que há notícias. A enfermeira Cristina, pois claro, que nos trata nas palminhas e ajuda a relaxar uma mãe à beira de um chilique só de ouvir a berraria do rebento. A Madalena até começou por aceitar bem a coisa: franziu um bocado o nariz, mas lá engoliu obedientemente a primeira mistela que lhe deram, uma vacina em gotinhas. O pior foi depois, quando lhe picaram as pernocas - e logo as duas! -, com o volume do choro a subir progressivamente, até atingir decibéis tais que até me doía o coração (ainda doi, só de me lembrar).

A enfermeira Cristina avisou que as vacinas podiam ter um de dois efeitos: ou a deixavam rabugenta, ou ficava muito sonolenta. A Madalena, claro, escolheu a segunda hipótese. E ainda há por aí quem diga que ela não sai ao pai...

chegou o carteiro



A Madalena recebeu a sua primeira carta, enviada pelo avô António. A correspondência, como toda a gente sabe, é uma coisa muito privada, por isso não vamos aqui revelar o conteúdo. No entanto, sempre adiantamos que a missiva tinha a ver com o Benfica e que vinha acompanhada de uma folha de inscrição, para os pais preencherem e assinarem.

A carta foi direitinha para o baú de recordações da princesa.

quarta-feira, 23 de julho de 2008

E se...

... se eu te apertar muito, muito, num abraço grande e comprido, conseguirei pôr-te a salvo de todos os males do mundo?

segunda-feira, 21 de julho de 2008

a princesa Mimi foi à praia...

... e não gostou nada. Onde já se viu uma tal quantidade de luz a entrar pelos olhos e a incomodar assim sua magestade? A coisa foi de tal ordem que a princesa se recusou sequer a olhar para o mar, para desgosto do desvelado pai, que tinha já pronta uma dissertação sobre as belezas e maravilhas do oceano. E se a Praia das Maçãs não provocou mais do que uma magestática indiferença, já a água da piscina da Várzea suscitou um valente berreiro de protesto: aparentemente, estava muito fria.

Foi um fim de semana de emoções e de "primeiras vezes" para a pequenina, cheio de sorrisos para as primas e uma delícia para a mãe, que está farta de passar os dias enfiada em casa, à espera que passem as horas de maior calor para poder finalmente ir dar um passeio até ao jardim.

quinta-feira, 17 de julho de 2008

plano B

Mais de uma dezena de miudos aos berros. Chorava um, choravam todos, calava-se um e os outros pareciam acalmar imediatamente. Chegámos em plena hora de almoço e o caos, aparentemente organizado e controlado pelas educadoras, estava instalado. Foi a nossa primeira visita a uma creche e saímos de lá a olhar um para o outro, indecisos e sem saber muito bem o que pensar. Aquela fica perto de casa, tem bom aspecto, cheira bem, tem um pátio para os pequeninos e a directora é simpática, apesar de falar pelos cotovelos. No entanto, ainda queremos ver mais algumas. Está lançado o plano B, para o caso - mais do que provável - de a Helena não melhorar o português. A mim dá-me um aperto no coração só de pensar em deixar a princesa na escola. A ela, pois claro, passa-lhe ao lado...

quarta-feira, 16 de julho de 2008

que caloraça...

Só há uma coisa capaz de irritar tanto a Madalena como uma barriguinha vazia: o calor! Fica impossível de aturar. Dorme por alguns minutos, mas acorda quase de seguida, prontinha a abrir a goela e a chamar pela mãe, como se no colinho a temperatura baixasse. Como isso não acontece, fica ainda mais irritada e hoje lá lhe dei água, pela primeira vez. A ver se a calava, porque já me faltavam os truques. Resultou, mas por pouco tempo, que esta rapariga sabe bem o que quer e, neste caso aquilo que não quer mesmo... Já em desespero de causa, lá rumámos novamente ao jardim do Campo de Santana, que não há como a calçada portuguesa para adormecer a princesa.

Princesa Mimi no Jardim do Torel


Eu e a Madalena vamos aproveitar a licença de parto para realizar um périplo pelos jardins da cidade. Além do Campo de Santana, que ela já conhece, hoje fomos até ao do Torel, que tem uma das mais bonitas vistas sobre Lisboa: de um lado o casario, à frente São Pedro de Alcântara, e do outro o Tejo. Sentámo-nos por lá, a ver os turistas, os pares de namorados e um ou outro solitário a passear o cãozinho e assistimos a um belo pôr do sol. Levei um livro para ler, mas passei o tempo em adoração à princesa, que olhava para todos os lados com os olhos muito abertos, surpreendida com o tamanho do mundo.

sábado, 12 de julho de 2008

agenda social

A princesa já tem agenda social: hoje tivémos a primeira festa de anos, da Beatriz, filha do Pedro e da Paula, que fez três anos. Chegou, deu uma olhadela e ferrou a dormir regaladamente. Os eventos sociais dão-lhe sono, diz o pai, todo orgulhoso. Pois a mim dão-me dores de cabeça. Sobretudo depois de ter assistido a um ataque ao meu rebento, perpretado por um candidato a jogador de basebol aí com um ano e meio mas já decidido a ser a estrela da estação. Felizmente que ainda tem de apurar a pontaria, mas quando dei por ela estava um cubo de plástico a fazer uma tangente à cabeça da bebé. Portei-me bem e consegui não mandar um berro à criança, mas cheguei à conclusão que estas festas de anos são um perigo. Já ela, continuou a dormir, que nada a acorda...

sexta-feira, 11 de julho de 2008

sono

Descansa! Descansa muito que depois bem vais precisar. Enquanto estive grávida, perdi a conta às vezes que ouvi este precioso conselho. Até no supermercado ou na farmácia, havia sempre uma solidária senhora que puxava do seu rol de lembranças, suspirava e dizia "este é o melhor tempo, depois já não consegue dormir e começam as preocupações". Eu dormia, claro. Uma bela sesta todos os dias e pelo menos oito horinhas seguidas (enquanto a barriga deixou, porque nos últimos tempos já não sabia como me estender na cama). O sono ou, mais exactamente, a falta dele, nunca me deu problemas, provavelmente graças às minhas ricas costelas alentejanas, que tive a inteligência (embora não saiba como) de passar à princesa. E como o papá também é um dorminhoco, temos uma menina que dorme regaladamente. As agruras do primeiro mês, em que acordava de três em três horas, já passaram e com sorte já dorme umas seis horas seguidas durante a noite. Eu agradeço, a ver se me passam os zumbidos nos ouvidos e as estúpidas das enxaquecas, que andam a dar comigo em doida...