domingo, 30 de novembro de 2008

receita 2

Quando os Marretas falham, a mamã apela aos dotes culinários. Aqui fica a receita do último pitéu: duas colheres de sopa de puré de borrego com alface; duas colheres de sopa de pêra cozida também em puré; uma bolacha milupa devidamente dissolvida na água de cozer a pêra e também transformada em puré. Juntam-se todos os ingredientes e oferece-se a mixórdia a sua alteza. Começa por franzir o sobrolho, porque uma princesa que se preze não aceita nada à primeira, e depois até abre a boca na direcção do prato, não vão os papás demorar muito tempo a fazer o percurso para reabastecer a colher.

receita 1

distracção preferida na hora da papa:
Muppets - Mahna Mahna

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

meio ano

Os "bruuuuu" estão cada vez mais sofisticados, normalmente acompanhados de fruta, sopa, papa, o que estiver à mão - ou, mais exactamente, à boca. É que ela controla cada vez mais as gracinhas. Sabe o que quer fazer e fica à espera de provocar uma reacção. Grita para pedir o biberão da água, para brincarmos com ela, para lhe darmos a chucha. E agarra tudo o que tem ao alcance. Passa os briquedos de uma mão para a outra, segura sózinha no biberão e volta-se para ir atrás dos briquedos.

Tem seis meses, a nossa pequenina. Meio ano. E já tenho de me esforçar para me lembrar como era ela aos dois, aos três ou aos quatro. Todos os dias há novidades e foram seis meses tão absorventes e tão cheios que acho que nunca mais vou ter um tempo assim tão bom, a viver só para ela e ela para mim.

Não há hipótese: hoje é dia de lamechisses, de muito orgulho, muita baba, muitos olhares de adoração à princesa. E, para que fique registado, sua magestade pesa 6,400 kg (percentil 25) e mede 68,5 cm (percentil 95). Berrou tanto na consulta dos seis meses, que não sei como é que a médica a conseguiu observar, mas saimos de lá com o habitual veredicto: está optima. Desta vez com uma bequena adenda: o peso está a evoluir a um ritmo mais lento que o habitual. Ou seja, toca a comer, dona princesa!!

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Ai a inveja que me dá...

... quando vejo a Madalena sentada no jardim ao sol e a Elena ao lado, a ler o seu livrinho e a brincar com os gatos...

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

"bruummmm"

E continuam os banhos de sopa. A rapariga agora aprendeu a fazer "bruummmm" de boca cheia e em vez das habituais bolinhas de cuspo, está-se mesmo a ver o que é que sai... Tudo tem mais piada do que comer a sopa. A fruta ainda vá, mas o prato principal é que nem por isso. Amanhã voltamos aos espinafres, a ver se lhe volta o apetite.

Já em pânico, a pensar que nunca mais ia pôr a rapariga a comer à séria, lá fui consultar o guru Brazelton. E é mesmo assim. Tudo normal. A dificuldade em aprender a engolir, em apreciar os novos paladares e, sobretudo, a dificuldade de concentração. Afinal, com tanta coisa nova para ver e aprender, para que é que serve estar sentada calmamente a comer? Já nem a mamar se aguenta muito tempo quietinha, como antes fazia. Tudo lhe interessa e quando não lhe fazemos imediatamente a vontade informa-nos com um belo e sonoro choro sem uma única lágrima.

Lembram-se daquela história do bom feitio? Está-me cá a parecer que afinal nisso não sai ao pai...

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Madalena Popeye


Pouco a pouco, a rapariga começa a perceber as delícias de um bom prato. Hoje comeu para cima de dez colheres de sopa de espinafres e, espante-se, uma pêra cozida inteirinha. Até refilava quando eu demorava um bocadinho mais o percurso da colher entre o prato e a boca. Foi lindo. No fim havia fruta no nariz, na orelha e no cabelo (no dela e no meu), mas foi uma sessão digna de ficar para a história, que terminou com muita baba (dela e da orgulhosa mamã).

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

história


Com o nascimento da Madalena, já se sabia que 2008 seria um ano que ficaria para a história. Hoje comprovou-se. Por um dia, todos fomos americanos...

domingo, 2 de novembro de 2008

de faca e garfo



Uma batata, uma cenoura, um quarto de cebola, uma colher de arroz e um fiozinho de azeite. Colocam-se os ingredientes numa panela com água, vão ao lume a cozer em lume brando e depois passam-se muito bem passados com a varinha mágica, até se obter um creme aveludado, um bocadito sem sal, é um facto, mas com excelente aspecto e textura. Dona princesa, vá-se lá saber porquê, detestou. Franziu-se toda, fez várias caretas de protesto e tratou de cuspir tudinho para fora. Tambem não achou grande graça à pera cozida, igualmente aveludada, que lhe démos de sobremesa e acho que ficou ligeiramente ofendida com as nossas gargalhadas, mas a verdade é que estava deliciosa e irresistível. No fim de tão grande provação, depois de vários gritos de aborrecimento, foi premiada com uma maminha e lá acalmou os meus ciumes, eu que me sentia tão feliz e a mesmo tempo tão apreensiva com este passo da minha filha em direcção à independência. E no entanto, sei bem que é um caminho que não tem volta, que quero muito que aconteça e que, ao mesmo tempo, quero retardar o mais possível, tão bom que é te-la assim, coladinha a mim, a tomar as suas refeições de leitinho da mamã.

comemoração


Este ano foi no Crato, pela primeira vez com a pequena princesa. No ano passado, já com ela na barriga, foi em Borba e no ano anterior tinha sido em Madrid. Há três anos, a 30 de Outubro de 2005, estávamos no Vietname, em Hoi-Han, na véspera da chegada do furacão Kai-Tak. Uma história para te contarmos daqui a uns anos, querida Madalena.