quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Este gato já não é só nosso

Ontem à noite não dormiu em casa mas hoje, antes de nos começarmos a preocupar, chegou o habitual telefonema: Senhor Calvin está aqui por perto, uma ou duas ruas abaixo, confortavelmente instalado na casa de uma senhora de um país qualquer que não conseguimos identificar, que lhe deu comidinha da boa e, segundo explicou, está a matar saudades de dois gatos que teve há uns anos. Hoje à noite é capaz de dormir por lá, apesar de termos pedido encarecidamente à senhora que não lhe desse comida e que o encaminhasse rua acima. O problema é que ela não tem coragem de o acordar e de o pôr na rua, com este frio e, principalmente, depois de ele ter ido à casa de banho antes de se instalar para dormir. É que, não só foi à casa de banho, como utilizou a sanita. A sanita, exactamente, coisa que ela nunca tinha e visto e nós a bem dizer também não, mas a senhora jura emocionada que sim, que é verdade, por isso não nos resta alternativa senão acreditar que foi verdade. Ah e ficámos também a saber que, depois da farmácia, dos vários hospitais aqui à volta, da peixaria, da leitaria, agora o sítio favorito do Calvin é o talho do senhor Luis. Dão-lhe carne crua, esclareceu a senhora. Obrigadinha, dizemos nós, que andamos a gastar dinheiro naquela ração especial para gatos idosos e com estômagos delicados... Humpf.

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Work in progress


Projecto realizado por Mada e mamã.
Prometemos dar notícias em breve.

Artistas de palmo e meio

Dona Mada e Senhor Pedro assinam, respectivamente, "Rui e Madalena" e "Capuchinho Vermelho".
Duas pequenas obras de arte, naturalmente.











quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

O avô António e os trabalhos da tia Alexandra


“O Avô António agora é uma estrelinha”, explica a Madalena ao Pedro. Estão a brincar com uma caixinha de música que ela ganhou do avô e lembra-se sempre disso. A história da estrelinha, claro, é minha, de uma vez em que, perante tantas perguntas sobre o avô, já não sabia o que lhe responder. Pareceu-me uma boa explicação, mas ela agora já lhe acha muitos defeitos e se calhar, qualquer dia, já não lhe serve. Ao Pedrinho sim, mas também ficou a pensar no assunto. Nas últimas noites pergunta-me sempre, lá à sua maneira, se o Avô António é uma estrelinha e até já perguntou se ele estava na lua.

Vem este post a propósito da tarefa em que se meteu a tia Alexandra: conseguir atribuir o nome de uma rua de Lisboa ao Avô António, que durante muitos anos se dedicou à cidade.

Está a recolher assinaturas, para apresentar oficialmente a sua proposta e quem quiser subscrever esta causa pode fazê-lo através do Facebook, neste link, ou, em alternativa, enviar por e-mail os seguintes dados: - nome; - profissão; - número de BI; - contacto telefónico.

Para ficarem a saber um pouco mais sobre este avô, aqui fica o texto da tia Alexandra:

FUNDAMENTAÇÃO DA PROPOSTA:

António Anselmo Aníbal dedicou a sua vida à causa pública. Foi dirigente estudantil entre 1963 e 1965 (Presidente da Pró-Associação de Estudantes da Faculdade de Letras de Lisboa, o que lhe valeu a expulsão das universidades portuguesas durante um ano), Secretário de Estado da Administração Pública do V Governo Provisório, em 1975, e Deputado à Assembleia da República (independente, pelas listas do PCP) entre 1980 e 1987. A par da sua carreira profissional como bancário e docente universitário, assumiu os seguintes cargos públicos: Vice-Presidente do Instituto de Tecnologia Educativa (1975), Presidente da Inspecção Geral da Administração Pública (entre 1999 e 2001), Presidente do Instituto para a Inovação na Administração do Estado (2001) e Vice-Presidente da CIVITAS.

Actividade na Câmara Municipal de Lisboa:

Desempenhou o cargo de Vereador no Município de Lisboa ao longo de 17 anos, entre 1976 e 1993, durante os mandatos dos presidentes de Câmara Aquilino Ribeiro Machado, Nuno Cruz Abecassis, Jorge Sampaio e João Soares. Foi:

- Vereador da Oposição entre 1976 (na sequência das primeiras eleições autárquicas em Portugal, em Dezembro desse ano) e 1989.
- Vereador, com funções executivas, do Pelouro da Organização e Modernização Administrativa e do Pelouro da Intervenção Social (entre Janeiro de 1990 e Dezembro de 1993).
- Presidente da Comissão Municipal de Toponímia (entre 1990 e 1993).

Por sua proposta, em 1990, a Comissão Municipal de Toponímia deixou de ser um órgão interno ao Município de Lisboa, para se abrir à sociedade, passando a integrar Universidades, a Sociedade Portuguesa de Autores, o Grupo Amigos de Lisboa e personalidades de reconhecido mérito pelos seus conhecimentos e estudos sobre a cidade de Lisboa.

Medalhas atribuídas pelo Município de Lisboa:

- Foi condecorado com a medalha de Mérito Municipal – Grau Ouro, a 14 de Abril de 1988, “considerando a exemplar dedicação às suas funções”.

- Recebeu, a título póstumo a Medalha de Honra da cidade de Lisboa (Voto de pesar nº 11/2009 de 22 de Julho de 2009, subscrito pela Câmara Municipal de Lisboa).

Medalha atribuída pelo Presidente da República:

- Foi-lhe conferido, pelo Presidente da República, Jorge Sampaio, o Grau de Comendador da Ordem do Mérito, a 27 de Janeiro em 2006.

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Não sou eu, não

Há uns tempos passou-me pela cabeça que podia estar grávida novamente. Foi uma coisa assim de momentos, já que logo se provou que não, que não estava nada, mas durante algum tempo saboreei a ideia. Pensei em como seria ter outra criança, uma família mais crescida, novamente nove meses de descobertas, de evolução diária. Pensei e não foi coisa que me desagradasse de todo, há que admiti-lo. No entanto, estimados leitores, não há qualquer plano nesse sentido. O post aqui de baixo não diz respeito a mim. Desta vez, a futura mamã é uma grande amiga. Uma amiga especial, com uma história de vida muito especial e que merecia muito esta alegria. Cá em casa estamos muito felizes por ela.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Mais uma bebé a caminho

Cheguei atrasada para o jantar, por isso fui a última a saber. Na minha cadeira estava uma pasta e dentro da pasta estava uma caderneta de gravida e na cara das três meninas que olhavam para mim estava um sorriso parvo, daqueles que só de a gente olhar para eles já dizem tudo. E eu adivinhei no segundo seguinte que vinha ai mais um bebé a caminho. Uma bebé, disseram-me depois. Especial, como são todas os bebés, mas um bocadinho mais especial ainda, porque é o lado b de um milagre, de uma aventura feia com um final feliz, é uma conquista de uma mamã muito valente, como são todas as mamãs, mas esta um bom bocado mais valente do que todas as outras. É uma pequena maravilha e há-de chegar daqui a uns cinco meses, com o quentinho do Verão.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Qual é o teu preferido, mamã?

- Mamã, diz-me lá uma coisa: de quem é que tu gostas mais, de mim ou do Pedro?
- Gosto dos dois igual, filha. E gosto muito.
- Mas diz lá, qual é o teu preferido?
- Já te disso, gosto dos dois igual.
E ela já um bocadinho chateada:
- Mas nós não somos gémeos, não podes gostar dos dois igual. Quem é o teu preferido?
- Tu és a minha filha preferida e o Pedro é o meu filho preferido.
- Não gosto dessa resposta!
- Então pronto, o meu preferido é o Calvin e acabou o assunto.

Não acabou, que dona princesa quando quer é teimosa que se farta e neste caso estava mesmo empenhada em conseguir a resposta que queria ouvir, ou seja, que a preferida era ela. Foi uma trabalheira para a conseguir distrair com outras coisas, mas qualquer dia desconfio que volta à carga.


segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Vitória

Madalena: Na minha aula da piscina há uma menina chamada Vitória.
Dedução imediata do Pedrinho: É a águia do Benfica.

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Onde é que ela vai buscar estas coisas?

À noite, já na cama, enquanto tenta convencer-me que ainda pode brincar mais um bocadinho: "mamã, gosto tanto de ti. Não quero te perder-te nunca."

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Olha o ano novo

Olhámos para ele do nosso jardim, sobre os telhados de Lisboa. Lá ao longe os fogos de artifício que, simpáticos, se deixaram ver dos lados do rio. Batemos panelas, engolimos passas de uva a correr, abraçámo-nos com muita força e abrimos a boca de espanto porque alguém mandou a viajar pelos ares uma lanterna chinesa com fogo lá dentro e que parecia querer aterrar no nosso jardim. Pedrinho, já na caminha a dormir, perdeu o espectáculo, mas dona Princesa aguentou-se como gente grande.
Não mudou nada, mas 2013 aí está. No primeiro dia do ano fomos andar de bicicleta para ao pé do rio, vimos filmes na televisão, fizemos móveis para a casinha de bonecas. Durante estes dias andámos coladinhos uns aos outros, que é a melhor coisa que há. Por isso o meu desejo para o ano é este: que possamos estar juntos mais tempo. Quanto ao resto, que venha 2013, que nós cá estamos para o apanhar.