terça-feira, 28 de outubro de 2014

Filho querido de sua mãe


Pedrinho para a mamã, logo de manhã, depois de acordar e de saltar para a cama dos pais, como faz todos os dias: "mãe, eu só quero fazer tu feliz." Gramáticas à parte, este miúdo faz-se. Assim é fácil acordar, nem que seja de madrugada, como acontece de vez em quando graças à energia matinal dele.

domingo, 12 de outubro de 2014

Uma filha no primeiro ano

Dona princesa saiu de casa um bocadinho angustiada, mas nada de muito excessivo e, sobretudo, nada que não se compreendesse perfeitamente, ou não se desse o caso de aquele ser o seu primeiro dia de aulas, no primeiro ano, na sala do andar de cima e com a professora Ruca que, até aí, ela só conhecia dos corredores da escola.

À noite, já em casa, resumiu assim a coisa: “Hoje foi um dia bom. Gostei deste dia”. Era o que se queria, porque a expectativa tinha sido muita. A mochila com as meninas do Frozen, o estojo também, os lápis, as canetas, a capa, os cadernos, tudo novo, tudo à séria, tudo visto e revisto tantas vezes.

A turma manteve-se quase igual à do último ano do JI. A amiga Alice, sentada ao seu lado (ao fim de uns dias tiveram de ser separadas, porque falavam muito, agora estão juntas novamente, como meninas crescidas que são), a Lara, a Ema, a Carolina e todos outros meninos e meninas que já conhecia do ano anterior.

Desde aí, está nas suas sete quintas. Na escola corre sempre tudo bem. Que fizeste hoje? Nada de muito interessante, responde. Já lê com uma grande rapidez, faz as fichas de matemática com uma perna às costas e está sempre a dizer que fazer os trabalhos de casa “é uma seca”. Ainda assim, faz tudo perfeitinho. Tão perfeitinho, com tamanho perfeccionismo, que leva muito tempo e por isso lá vem a frase sacramental: “é uma seca”. Pois, percebe-se: escreve três letras e apaga duas, porque a perninha do “a” não está direita ou o “u” parece um “4”. Explica que Tem de “ter boas notas” e depois conta, muito orgulhosa, que a professora “disse que estava tudo bem”.

Felizmente (diz ela e digo eu, ainda que sem ela ouvir), só há trabalhos à terça e ao fim-de-semana. Pedrinho, sempre muito atento, também fica satisfeito, porque assim tem a mana mais vezes para brincar com ele.


Já lá vai mais de um mês desde o início das aulas, mas devíamos este post aos nossos quatro leitores fieis (ok, talvez cinco, já contando com as avós).