segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

Natal

As primeiras prendas da Madalena

Das avós, dois "bodies", uma fralda e uns sapatinhos feitos por medida...


Da tia Alexandra, mais um "body" (daqueles que não têm de entrar pela cabeça, especial para pais desajeitados...) e mais um casaquinho lindo e maravilhoso tricotado pela própria...


Do tio Rui, para a acompanhar nos primeiros soninhos...


Da tia Bá, mais um casaquinho, e da Joaninha, o babette com um ursinho e, claro, uma abelha...


Da Eva, para as primeira idas ao Benfica.

Chaminé

Agora a barriguinha cresce um bocadinho todos os dias. Fomos fotografá-la no monte da Chaminé, onde viveram os trisavós, bisavós e avós da bebé e onde em miuda passei as minhas melhores férias. Na véspera de Natal, foi um belo sítio para levar a Madalena.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Lisângela

Não, não, tenham calma... não vai ser este o nome da criança. Vá respirem fundo, que já passou o susto. Este belíssimo nome foi o que a senhora empregada da Maternidade Alfredo da Costa (MAC, para os amigos) resolveu colocar no envelope do meu processo. Não me perguntem porquê, mas graças a isso passei três horas nas urgências, à espera que me chamassem, e nada. Entretanto, varias barrigas passavam olimpicamente à minha frente, quase todas muito mais imponentes do que a minha (há que reconhecê-lo...), entre conversas que, nalguns casos já incluiam expressões como "três dedos de dilatação" e "contracções de cinco em cinco minutos". Havia também um ou outro pai pelos cantos - suponho que lhes faltava a coragem de ir lá para dentro, ou então já estavam fartos de esperar - mais uma futura avó à beira de um ataque de coração e uma Filipa aí de uns cinco anos que berrava que nem uma louca que queria ir ver o mano que estava a sair da barriga da mãe.
Embevecida e decidida a apanhar as histórias todas - o Sérgio diz que eu às vezes me esqueço de disfarçar e fico a olhar fixamente para as pessoas, mas claro que é mentira - quando finalmente me deu para ir reclamar, lá se descobriu o engano do nome. Fui atendida por uma médica que se desfez em desculpas - sim era mesmo na MAC - e que me deu um charope para ver se me passa esta maldita tosse, que não me larga há uma semana e não me deixa dormir. Como prémio de consolação, ouvi novamente o coração do bebé...

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Quinze semanas

Antes de mais, uma pequena confissão: desde que me sentei, liguei o computador, espreitei alguns blogs e abri a página para começar a escrever, já devorei meio pacote de batatas fritas. Das de 200 gr. ... Felizmente que está escrito no pacote que estas não novas e têm menos 70% de gordura. Um grande alívio, claro, mas ainda assim, com muito custo e grande coragem, afastei de mim a tentação.

De repente, quase sem me dar conta, já lá vão 15 semanas e dois dias. A minha barriga está (mesmo) a crescer e como que nem uma maluca, agora que os enjoos desapareceram. Há quase uma semana que estou constipada, com uma tosse enorme, a evitar o antibiótico que a Arlete - a médica de clínica geral que que conheço que mais gosta de receitar medicamentos - me recomendou. Em compensação, uso e abuso dos rebuçados peitorais do dr. Bayard, que não servem para nada, além de, muito provavelmente, contribuir para o aumento do tamanho do meu rabo.

Em 15 semanas, o segredo deixou de ser segredo e agora há imensos candidatos a tios a querer saber novidades do feijãozinho. Entre jornalistas era impossível que a notícia não corresse e nós já deviamos estar à espera disso.

(O raio do pacote das batatas fritas continua ali, a olhar fixamente para mim...)

Entretanto, mais dois segredos foram desvendados: a pequena Blandina vai a caminho do segundo filhote e está nas dez semanas; e a Susana e o Mário também vão ser papás novamente e estão, tal como eu, com 15 semanas. É bonito, pronto...

terça-feira, 20 de novembro de 2007

13 semanas e uma ecografia



O avô António bem tinha razão desde o início: o feijãozinho está muitissimo bem instalado no seu colchão de água. Nariz arrebitado, como podem constatar pelas fotos, de braço no ar, até reclamou quando a médica lhe deu um empurãozinho, para o obrigar a mostrar as duas mãos e os respectivos cinco dedos.

Foi uma correria matinal para conseguirmos encontrar uma loja aberta às 9 da manhã que vendesse DVD+RW para gravar a ecografia que estava marcada para as nove e meia. Lamentavelmente não assisti quando o Sérgio, apressadíssimo, bateu numa montra e obrigou o dono de uma loja de electrodomésticos a abrir-lhe a porta antes da hora e a vender-lhe o DVD xpto que era preciso. Estão a ver o Sérgio, não estão? e ainda para mais enjoadissimo, porque passou a noite a vomitar, diz ele que por qualquer coisa que comeu e dos nervos, digo eu, que mal consegui dormir a antecipar o encontro com o meu feijãozinho.

E finalmente lá apareceu ele no écran, lindo, lindo, com tudo no sítio, tão real que vamos ter de o promover, porque "feijãozinho" já não lhe serve, e só não sabemos bem o que lhe chamar, porque não temos a certeza se é rapaz ou rapariga e não lhe queremos provocar nenhuma crise de identidade.

No fim, e antes dos telefonemas para as avós e tios curiosos, chorei que nem uma tonta, porque foi demasiado emocionante para guardar tudo cá dentro e sentia-me quase a rebentar de tão feliz com aqueles 70 milímetros de vida a crescer dentro da minha barriga.

PS. trouxemos para casa o belo do DVD, com a sessão completa e o bater do coração a servir de banda sonora, portanto, um dia destes há cinema e estão todos convidados.

sábado, 17 de novembro de 2007

Diogo

É o membro mais novo da família: nasceu em Faro, na sexta-feira, 16, às 23:15, com 3,510 kg. A mãe diz que é lindo e deve ser mesmo. Lindo e maravilhoso, o pequeno Diogo, o primo do Algarve do feijãozinho.

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

vai mais uma...

... e com esta são doze semanas. Doze! O feijãozinho está a crescer e a minha barriga também. Até o homem cá de casa já teve de se render às evidências e oferecer-me a primeira lingerie pré-mamã. Aliás, informam-se os excelentissimos leitores que aqui em casa estamos a renovar o guarda-roupa...

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Cavaco? Blargh...

O homem, perdão, o senhor presidente, começa a falar na rádio e o feijãozinho pimba: vómito. Logo.Imediatamente. Quem vomita sou eu, claro, mas a culpa é dele, que obviamente não consegue suportar a voz de sua excelência, a dizer aqueles lugares comuns do costume. É tão inteligente, não é? Tão pequenino, nos seus pouco mais de sete centímetros, e já com tão fortes convicções políticas... Ai que grande orgulho!!

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

feijãozinho nadador

Confirma-se: o feijãozinho dá imensos pontapés e é um excelente nadador. Também tem um coração que bate a duzentos à hora e que me deixou de lagriminha no olho porque ouvi-lo foi a coisa mais bonita que me aconteceu nos últimos tempos. Esteve o tempo todo de rabo virado para nós, mas, juro, tem duas pernas lindas, dois pézinhos que não páram e durante uns segundos deixou-nos espreitar uma cabecinha que a Alice mediu e disse que está perfeitinha.

A consulta de hoje foi uma emoção. O Sérgio conseguiu chegar a tempo (milagre), mesmo quando eu estava a entrar, e ainda bem, que esta é daquelas coisas que não se conseguem contar porque há-de faltar sempre a palavrinha ideal para explicar o que se sente. Não foi uma ecografia à séria, foi só a médica a espreitar para dentro da minha barriga, mas foi demasiado emocionante para ser escrito.

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

onze semanas...

... contadinhas, dia a dia, e afinal até passaram depressa, ainda que nos últimos tempos não aconteça nada. Bem tento convencer o homem cá de casa a reconhecer que sim senhor, que a minha barriga está nitidamente maior, mas nada. Ele olha com toda a atenção, mas depois encolhe os ombros e diz que não nota nada, que está igualzinha ao que estava duas ou três horas antes, quando eu lhe tinha perguntado pela última vez...

Entretanto, parece que o feijãozinho já anda perto dos sete centímetros, o que é imenso. Também já se farta de dar pontapés, eu é que não noto nada, com grande pena minha. Continuo, isso sim, enjoadissima e completamente anti-social, com o Sérgio, na sua infinita paciência, a aturar os meus ataques de náuseas.

domingo, 4 de novembro de 2007

Mérida

Uma semana de férias pelo Alentejo profundo e pela Extremadura espanhola. O feijãozinho portou-se quase sempre bem, a não ser quando nos obrigou a percorrer Mérida às tantas da noite à procura de um sítio que tivesse sopa e que cheirasse um pouco menos a enchidos.



p.s.: esta foto está aqui sob protesto de um dos fotografados, que, vá-se lá saber porquê, não gosta de se ver de boina à agricultor.

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

28 de Maio

Hoje foi dia de consulta. Mais análises, mais exames, nova ecografia às 12 semanas, e eu, que sempre detestei médicos e hospitais, lá vou que nem um cordeirinho, tudo a bem do feijãozinho. Desta vez a Alice achou que eu já tinha direito à caderneta da grávida e, contas feitas, concluiu que o grande dia há-de ser lá para 28 de Maio. Eu por mim tenho um palpite com o dia 25. Seja como for, ainda falta uma eternidade...

terça-feira, 23 de outubro de 2007

ecografia

São 21 milímetros deliciosos, com um coraçãozinho a bater e "movimentos corporais já identificados". Do que dá para ver agora, está tudo bem, garantiu o médico que fez o exame, verdadeiro pepe rápido das ecografias, que nos despachou em menos de cinco minutos e agora são 40 euros e adeuzinho até à próxima. E nem um pedidozinho de desculpas por me ter deixado à seca depois de ter bebido não sei quantos litros de água. Enfim, pormenores sem importância, porque saímos de lá em estado zen, quais papoilas saltitantes, a olhar para os nossos 21 milímetros.

As ecografias são uma invenção fantástica. A próxima vai ser gravada...

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

e vão nove

Nove semanas que passaram a correr. Passou o Orçamento do Estado e as maratonas no trabalho, passaram os enjoos, que já só dão sinal de vez em quando, passaram os dias sem grandes novidades, quase iguais ao que eram antes, não fossem as mamas que não cabem no soutien e as calças que já me apertam na barriga.
Passaram nove semanas e amanhã é dia de ecografia. Desta vez não levo lista de perguntas. Vou ao que der e vier, a torcer para que tudo esteja bem. O homem cá de casa vai comigo.

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Fome

Um dia inteirinho sem enjoos, um verdadeiro milagre. Em contrapartida, tenho uma fome horrível, quase permanente, e sei muito bem que me arrisco a ficar redonda - eu e o homem cá de casa, cuja barriga também está a crescer, diz ele que "por simpatia". Mas começo a preocupar-me com isso para a semana. Faltam quatro dias para a ecografia e para a consulta e depois começam as regras. Por agora, ando demasiado cansada para pensar nisso. Aliás, acho até que vou comer mais uma maçã. Ou umas uvas. Ou...

domingo, 7 de outubro de 2007

enjoos

Malditos enjoos. Não sei quem inventou que eram matinais, mas é uma mentira descarada. Aparecem durante todo o dia, em vagas mais ou menos intensas, seja porque cheira a tabaco ou porque alguém tem um perfume insuportável ou, ainda, porque sim, sem nenhuma razão aparente. E têm uma vítima: o pobre do Sérgio, que leva com o meu mau humor, esse sim matinal.
Onde é que está o tal do "estado zen", que toda a gente diz que ataca as grávidas e lhes acaba com o stress?
Começo a achar que anda por aqui uma grande quantidade de ideias feitas. Até o meu pai, que hoje se saiu com um "vai para casa e não te canses", por causa "da neta que vem a caminho".
O pai Lança no seu melhor...

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

cigarros

Mais um dia de 11 horas de trabalho. Nada que não seja perfeitamente normal. A novidade é que, mesmo nos momentos de maior stress, não me dá para ir para as escadas fumar o inevitável cigarro. Sempre disse que havia de ser assim, que quando soubesse que estava grávida deixava de fumar, e a verdade é que nem me lembro. Não me dá vontade nem mesmo quando vejo gente de cigarro na mão. Nem a seguir às refeições, com o café, que é quando sabe tão bem. Provavelmente, os cigarros - ou a ausência deles - vão acabar por me denunciar no trabalho.

domingo, 30 de setembro de 2007

sono

... muito sono. Durmo doze horas seguidas e ainda me apetece uma sesta a seguir ao almoço. Deve ser uma artimanha qualquer da natureza, para nos manter ocupadas e não nos pormos a pensar demasiado.
"Quando engravidas, desligas o complicómetro", disse-me uma vez a Raquel, que, quando quer, consegue complicar tudo até à exaustão. Começo a acreditar que ela tinha alguma razão. Desde que fiz o belo do teste, há pouco mais de uma semana, parece que fui atingida por uma estranha tranquilidade. Estou calma e, ao contrário do que costumo fazer - tenho, aliás, uma longa prática - desta vez não penso em desgraças.
Claro que tenho medo. E se alguma coisa corre mal? Uma gravidez só se confirma às doze semanas, não é o que diz a médica? e mesmo depois disso, tudo pode acontecer, não é?
"Se acontecer, nós resolvemos", disse o Sérgio, num dia em que não lhe faltavam as palavras, e a frase foi tão mágica para mim que a trago sempre comigo.
Por agora, deve ser do sono que me traz tão descansada, não sei, mas recuso-me (quase sempre) a pensar em coisas más.
Às vezes, claro, não dá para evitar. Como na sexta-feira, em que fiquei perto de doze horas seguidas no trabalho e de repente comecei com dores de barriga e entrei em pânico. Com o Orçamento do Estado à porta, vêm aí mais dias difíceis e pelo menos isso convém ir pensando em qual será a melhor maneira de resolver...

gatinhos

Enquanto eu e o Sérgio vamos saltitando (mais eu) e olhando um para o outro com sorrisos parvos na cara (também mais eu), volta e meia a voltar ao assunto (eu, quase sempre, que a ele, diz, "faltam as palavras"), os gatinhos andam um bocado de crista em baixo.
Foram expulsos do quarto, são constantemente enxotados do sofá e estranham a falta das habituais sessões de festinhas. Mais o Zorbas e a Mafalda, claro, que o Calvin, como de costume, está-se nas tintas. A Mafalda parte-me o coração: desde que a trouxeram para minha casa, quase recém-nascida, segue-me para todo o lado e sempre a deixei adormecer no meu quarto.
Vá-se lá saber como, apesar destes quase 12 anos de convivência com a espécie felina, continuo a não estar imune à toxoplasmose. No início foi o pânico. Depois, a Alice sossegou-me um pouco: "se não apanhou até agora, porque é que há-de apanhar nos próximos meses?". Gravidez não é doença, é fazer a vida de todos os dias, como até agora, só que "com cuidados redobrados", disse-me ela, já irritada com a lista de perguntas que levei para a primeira consulta.
Também telefonámos para o veterinário dos gatinhos, que me descansou bastante: nada de mudar a areia, limpar todos os dias os cocós (tarefa do Sérgio, claro, coitadinho...), evitar as festinhas e lavar as mãos e a cozinha com frequência.
Conclusão: nunca se lavou tanto as mãos nesta casa e até me parece estranho não ter pelos de gato na cama...

seis semanas

Lá estava, uma bolinha escura, saltitante, bem visível, coladinha às paredes do útero. A prova de que havia mesmo um bebé a crescer na minha barriga, muito embora a Alice tenha garantido que era apenas um saco com células lá dentro, que estava apenas nas cinco semanas.
Fui à médica logo na terça-feira seguinte e ri, bati palmas e chorei, tudo ao mesmo tempo, a olhar para o ecrã da maquineta que ela lá tem, as novas tecnologias ao serviços das grávidas ansiosas, que agora já não precisam de fazer o teste se sangue para comprovar a coisa.
A Alice, muito cuidadosa, avisou que "não se confirma uma gravidez até às doze semanas" e mandou-me lá voltar daí a um mês, já com uma ecografia feita.
Saí do consultório mortinha para falar com o Sérgio e por contar ao mundo a minha novidade. Queria telefonar à minha mãe e ao meu pai, às minhas amigas, ao meu irmão...
Não contei, mas não sei se aguento esperar até Novembro, que é quando acabam as 12 semanas. Por agora, passaram apenas seis...

sábado, 29 de setembro de 2007

o teste

Quando tirámos a fotografia que está lá em cima, ainda nada disto nos passava pela cabeça. Estávamos em Paris, era o dia 3 de Setembro e tinhamos acabado de nos sentar para almoçar num café algures entre as Tulheries e o Louvre. Foi uma semana muito feliz, em que aconteceram muitas coisas que agora não interessam e em que nos sentimos completamente livres das habituais preocupações e chatices do trabalho e da vidinha de todos os dias.
Deve ter sido por isso que, quando o meu período começou a atrasar, nem sequer stressámos muito. Eram só uns dias, coisa normal, havia de vir na manhã seguinte, de certeza.
Mas não veio. E quando já estava atrasado quase uma semana, o Sérgio cansou-se de me aturar e foi comprar o teste à farmácia - estou mesmo a ver o ar dele, muito sério, como se estivesse a pedir uma caixa de aspirinas...
Experimentámos a coisa no sábado de manhã, depois de eu ter acordado cedíssimo e de ter sonhado que tinha dado negativo. Só que não deu. Ao fim dos cinco minutos que é preciso esperar, e que nós contámos atentamente pelo relógio da mesa de cabeceira, incapazes de falar sequer um com o outro, lá estavam as duas riscas cor-de-rosa, muito nítidas, a certeza de que daí para a frente nada iria ser como dantes.
E não foi.