quarta-feira, 24 de abril de 2013

Vocês estão sempre cansados...

... disse a Madalena, hoje de manhã, a caminho da escola. E lá vim eu para o trabalho com o coração apertadinho, a pensar na vida e no que é que ando a dizer à minha filha. Cheguei à conclusão que ela exagera ligeiramente, mas alguma razão há-de ter.

Esta semana regressava de um serviço para o jornal, já quase às sete da noite, passei por um parque infantil cheio de pais e mães com crianças e pensei que é coisa que não faço há muito tempo, que já não me lembro quando foi a última vez que os fui buscar à escola e depois os levei ao escorrega.

Se calhar ela tem razão e ando a dizer-lhe demasiadas vezes que estou cansada, quando chego a casa e eles já estão de pijama, jantar na barriga e quase com um pé na cama. Se calhar tenho de chegar a casa mais cedo. Se calhar, tenho de brincar mais com eles, levá-los ao parque ao fim da tarde. Se calhar...

Sexta-feira estou de folga e preparem-se que vai ser um dia em grande. Palpita-me que vou chegar à noite muito cansada, mas será por uma boa causa.

Por que é que ele chora

Porquê? Ora, porque sim. As razões, ou a falta delas, podem ser tudo e mais alguma coisa. Ora espreitem lá este blog: "Reasons My Son Is Crying".
(Descoberto através daqui)

Lista de compras para a feira do livro

[em actualização]

O Resto é Silêncio, Erico Verissimo
(comecei com O Tempo e o Vento, todos os volumes, nos tempos em que à noite ainda não adormecia ao fim da segunda página de leitura, e creio que já li uma parte substancial dos livros dele. Continua actualissimo e magnífico)

Cotovia, Dezsó Kosztolányi
(Porque sim)

Que importa a fúria do mar, Ana Margarida de Carvalho
(Porque conheço poucos jornalistas que escrevam tão bem como ela s estou muito curiosa com este seu primeiro livro - o primeiro que lhe conheço, pelo menos)

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Adeus chucha

[informação para a posteridade]



Pedrinho, três anos e uns pózinhos, decidiu deixar de usar chucha. Papá estava fora, ele era o homem da casa e, além disso, tinha "doi-doi no lábio". A chucha não dava jeito nenhum, apesar de já só ser usada para dormir, por isso foi provisoriamente arrumada no armário. A decisão acabou por se tornar definitiva.
Agora, Pedro é crescido e não usa coisas de bebés. É um rapaz de convicções fortes e também não põe baton, que isso é coisa de menina, apesar de a mana o tentar convencer que baton para o cieiro não faz mal.
É um valente, o meu filho.

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Sai um tudo incluído para quatro, se faz favor

Foi coisa que nunca me agradou. Ir para um destino de sol, ficar por lá de papo para o ar, pulseirinha na mão, tudo incluído ... que tédio. É que nem pensar. O que tem piada é ir à aventura, descobrir sítios, conhecer pessoas, perceber como vivem o que fazem, do que gostam, como falam, a sua história. Um tudo incluído para mim sempre foi assim como viver num condomínio fechado no meio de um bairro popular: entrar e sair de carro e nunca dizer bom dia ao senhor da mercearia da esquina.
E agora, de repente, o tudo incluído parece-me um sonho. Uma maravilha. Qualquer coisa próximo do paraíso na terra. De repente, já me parece muito menos importante confraternizar com os locais (sempre nos resta o pessoal do hotel, não é?). E conhecer as cidades também dever ser perfeitamente possível numa manhã, numa daquelas mini-excursões em autocarro, com uma senhora a desfiar curiosidades históricas, para depois, à tarde, aterrar novamente na espreguiçadeira.
Dêem-me um tudo incluído e eu serei uma rapariga feliz. Uma semana de sol, uma espreguiçadeira e um livro, mais a mesa sempre posta, sem ter de me preocupar em ver se há sopa no frigorífico nem o que é que vou fazer para o jantar.
Então pode ser este aqui, se faz favor. Para quatro pessoas, dois adultos e duas crianças.

Ou este, que também não ia nada mal:


E podia continuar com a selecção, mas acabou-se a hora de almoço...