quarta-feira, 6 de agosto de 2008

brincadeiras


O pai também era assim. Fazia dos dedos jogadores de futebol e passava horas a inventar passes fantásticos, atrás de uma bola imaginária, ganhando campeonatos atrás de campeonatos. Consigo imaginá-lo, ao meu treinador de bancada preferido, com o seu ar sério, a ignorar tudo à sua volta, como hoje faz quando se cola à televisão a ver um qualquer jogo do Benfica. A bebé ainda não quer saber do futebol, mas já se diverte sózinha e é capaz de acordar de manhã e de ficar a rir, a rir, olhos bem abertos colados ao candeeiro do tecto, sabe-se lá com que pensamentos maravilha a passar por aqueles neurónios em ebulição. E são sorrisos tão lindos que não há melhor maneiro de começar o dia para os cromíssimos papás babados.

1 comentário:

Alexandra A. disse...

Mena, conheces tão bem o Sérgio... tu imagina-lo e eu lembro-me. E era tal e qual como dizes, a brincar sozinho, sério e concentrado, com os seus jogadores-dedos... A menina sai ao pai, fisicamente e não só, mas também tem algo de teu que a completará. Uma mistura equilibrada, deliciosa.