quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

segundo dia

Do primeiro nem vou falar. Foram horas demais sem ver a minha princesa. E quando cheguei a casa nem se dignou a dirigir-me um sorriso, o que me mergulhou numa tonta crise de choro. Tonta, claro, porque a Madalena é muito pequena para estar zangada comigo e porque logo a seguir se fartou de me dar abracinhos, mas estas coisas são completamente irracionais. E depois de seis meses em que nunca nos separámos um único dia, ficar sem a ver durante quase nove horas foi mais do que qualquer mãe pode aguentar. Hoje vim a casa à hora do almoço e resolvi assim a questão. E quando cheguei, à noite, fui presenteada com um daqueles sorrisos que a princesa costuma reservar para o papá e que me aquecem a alma e me fazem inchar de orgulho maternal perante a tão grande beleza do rebento. No trabalho, espantosamente, ao fim do segundo dia já me parece que não estive nada fora de lá durante os últimos oito meses. São as mesmas caras, os mesmos assuntos, as mesmas birras, os mesmos problemas e custa-me a perceber por que raio é que estava já com algumas saudades daquilo...

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