quarta-feira, 14 de maio de 2008

visita guiada


A ida à MAC desta vez teve direito a brinde: uma visita guiada às instalações, leia-se, ao sítio onde hei-de ir parir. Tudo muito clean, muito moderno, a acabar com as habituais imagens do papão, sempre associadas à maternidade alfacinha: há uma pequena "box" para cada grávida, com uma data de aparelhómetros, onde se fica desde que se dá por inaugurado o trabalho de parto e de onde só se sai se a coisa evoluir para cesariana, caso em que será preciso subir para o bloco operatório. O pai pode permanecer por lá durante todo o tempo e, claro, assistir ao evento do princípio ao fim. Isto se entretanto não lhe der para ter um peripapo qualquer, coisa que o Sérgio jura a pés juntos que não lhe acontecerá.

O enfermeiro que acompanhou as futuras inquilinas levou-nos, cheio de orgulho, à "sala da roda". Basicamente é uma geringonça que parece um baloiço e que permite ter a criança de pé ou de cócoras, à boa moda antiga. É muito mais fácil suportar as contracções nessas posições, explicaram-nos. Só ficou por saber qual a probabilidade de conseguir uma vaga, já que há apenas um objecto daqueles em toda a maternidade.

A visita guiada teve banda sonora: uma infeliz que berrava furiosamente, de tal forma que suspeitei que lhe estavam a arrancar uma a uma as unhas dos pés. O resultado foi um rapazinho lindo, lindo, de olhos inchados, com uma bela cabeleira encaracolada e uns pulmões cheios de força, para o quel eu fiquei a olhar, embasbacada, através da janela de vidro da sala para onde são transportados os recém-nascidos.

A imagem do bebé acompanhou-me durante o resto do percurso, de tal forma que nem me impressionaram muito as enfermarias, para onde as mães e os bebés seguem a seguir ao parto e onde ainda não houve obras de modernização. Aí o ambiente já não é tão "Dr. House". Muito pelo contrário, aliás. Mas enfim, pormenores sem importância, que agora não interessam nada...

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