quinta-feira, 4 de setembro de 2008

conversas

A rapariga descobriu que pode falar. Até agora só a ouviamos quando chorava, o que nela é raro e significa quase sempre que está com fome ou então entediada com um qualquer evento social em que não a deixam dormir. Por isso ficámos a olhar um para o outro, eu e o papá, quando de repente a ouvimos, lançada num grande discurso, em frente à televisão. Desde aí, quando está de maré, já nos responde quando falamos com ela e a tentamos imitar. Sim, porque estamos tão orgulhosos da verborreia da princesa, que agora já somos nós que a imitamos, naquelas figurinhas que antes viamos os nossos amigos a fazer e com as quais nos fartávamos de gozar.
Os livros sobre bebés avisam que os pais reconhecem o choro dos filhos entre todos os outros, algo que me fazia um bocado de confusão, mas que comprovei logo na maternidade. O choro da Madalena é muito dela e consigo perceber quando está com fome ou com sono, quando lhe doi a barriga ou quando, simplesmente, está farta de nos aturar. Agora fico desejosa de saber qual será o som da voz dela e como será ouvir as suas primeiras palavras. Qual será a primeira que lhe sai? E quando será? Para já é certo que é uma tagarela, mas só quando está para aí virada. Quando não está, bem podemos fazer figuras de parvos à frente dela, eu e o pai, com todos os gugu dádá que nos lembramos, que a ela não se lhe arranca uma sílaba.

1 comentário:

Joana Inácio disse...

tambem estou desejosa que ela comece a falar...deve ser mesmo engraçada...beijinhos para voces!