sábado, 22 de agosto de 2009

Atrevimento

Quem esteve hoje no miradouro de São Pedro de Alcântara, a assistir ao concerto de jazz que lá houve, pôde também levar para casa um dos maravilhosos sorrisos aqui da princesa, que esteve de uma generosidade imparável. A coisa foi de tal ordem, que pôs a rir e a fazer-lhe adeus até o mais sisudo dos turistas, escondido atrás dos seus ray ban e do cigarrito de enrolar. Uma senhora japonesa quase que a queria levar para casa e uma mãe e uma filha francesas chegaram mesmo a reclamar "et nous, et nous??" quando sua magestade passou por elas e preferiu acenar ao cavalheiro que estava sentado ao lado (lá bom gosto tem ela).
A questão é a seguinte: onde é que a rapariga foi buscar este atrevimento todo? É que não tem vergonha nenhuma, mete-se com toda a gente, mãozinha no ar, a acenar, qual rainha de Inglaterra a desfilar no seu Rolls Royce. Além disso, dança despudoradamente quando a música lhe agrada mais e nem pensar em dar a mão aos pais, que correm esbaforidos atrás dela.
Não parou durante a hora que durou o concerto, mas bastaram dez segundos para adormecer mal aterrou no carro. Antes, naturalmente, barafustou e esbracejou, que afinal estava ali muito bem e não lhe apetecia nada vir para casa.

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