segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Vocabulário

Quase a fazer um ano e meio - apercebi-me agora disso, caramba! - a nossa princesa fala pelos cotovelos. Tagarela o dia todo, com chucha ou sem chucha, lá na linguagem dela que mais ninguém percebe. Depois, quando lhe pedimos, repete o que lhe dizemos, desde que não tenha muitos "s" nem muitos "r", que para esses é preciso muito esforço. Diz mamã, papá, avó, mano, Pedro, Mena, tudo, peixe, auga, gato, car, até logo, oiá, gute ...
Por iniciativa própria é que não lhe sai nada que se perceba. A não ser em desespero, como ontem que de repente entrou na cozinha em estado de choque porque não encontrava a chucha. "Chuss, chuss", proclamava, já furiosa porque não a entendiamos. Satisfeito o pedido, desandou, de xaile aos ombros e pantufa no pé, orgulhosa da sua nova conquista verbal. Depois voltou aos métodos antigos, que consistem em apontar para aquilo que quer e, se não resultar, berrar furiosamente.

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