domingo, 2 de maio de 2010

Madalena, a telefonista

A vítima costumava ser o Abílio que, graças às suas iniciais, vem sempre à cabeça da lista telefónica do telemóvel e que durante uns tempos ainda me ligava de volta de vez em quando, para saber o que eu lhe queria, mas às tantas fartou-se. É que a Madalena, sempre que apanhava o telemóvel à mão, tratava de lhe telefonar e lá tinha eu de dar a desculpa habitual. Entretanto a rapariga está mais entendida nas artes telefónicas e já não vai ao primeiro da lista. Dá-se ao luxo de passar o polegar pelo ecran tactil e depois, não sei com que critérios, lá elege a próxima vítima. Desta vez foi a Maria Ana, que teve a honra de um sonoro "olá" e de trocar umas palavritas com dona princesa, ao mesmo tempo que ia ouvido os sons de fundo aqui em casa, ou seja, eu a conversar. Tudo isto à minha frente sem que eu percebesse, porque pensei que ela estava a brincar ao faz de conta. Esta rapariga está um perigo. Tenho de ter cuidado com o que digo quando ela está de telemóvel na mão, que nunca se sabe quem está do outro lado.

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