segunda-feira, 31 de maio de 2010

coisas que me irritam mesmo muito...

... são aquelas amigas que dizem mal das melhores amigas quando falam com as outras amigas. comigo, neste caso. Estão a ver o filme? É assim uma coisa que me provoca brotoeja no corpinho todo e me faz querer fugir a sete pés. Como diria a minha avózinha, "ouve dos demais, escuta de ti". E tenho dito.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

dois anos

Dona Madalena fez xixi no bacio pela primeira vez. E comeu a sopa sozinha. Toda e sem derramar (quase) nada. Está quase a ir para a universidade...

quinta-feira, 27 de maio de 2010

três meses

O Pedro cresceu 10 centímetros desde que nasceu, já vai nos 5,390 kg e fala pelos cotovelos. Temos grandes conversas os dois, cheias de sorrisos que me deixam derretida. Continua a acordar uma vez durante a noite, para o seu petiscozinho, mas adormece quase de seguida e já não lhe dá para grandes conversetas nocturnas. Adora tomar banho, derrete-se com a irmã, detesta ficar sozinho e se está chateado com a vida acalma-se quando o ponho a ouvir música. Ainda não segura muito bem a cabeça, mas faz imensa ginástica, com os braços e com as mãos, como se assim pudesse falar comigo. Segue-me com o olhar, para onde quer que eu vá, e dá-me os sorrisos mais lindos do mundo. É o menino da mamã e a minha paixão por ele tem vindo a crescer, a crescer, ao longo destes três meses. Agora já não consigo imaginar a minha vida sem ele.

terça-feira, 25 de maio de 2010

segunda-feira, 24 de maio de 2010

a simpatia em pessoa

Sai de casa ainda meio a choramingar, mas quando chega ali à Leitaria Triunfo já vai a derramar charme para as velhotas da vizinhança. Nem o senhor da CDU escapa ao sorriso do rapaz e larga a chávena do café de propósito para o vir espreitar à rua. É um sucesso, este miudo. Vai passear com a avó Graça e derrete-se para toda a gente, vai ao Alentejo e dispara boa disposição para todo o lado. É a antítese da mana, que na idade dele mantinha sempre aquele seu ar grave e sério e primeiro que lhe conseguissemos um sorriso para uma fotografia era uma carga de trabalhos. O Pedrinho é assim e palpita-me que há-de ter tanta energia que nos vai cansar só de olhar para ele. É a simpatia em pessoa, dizem as primas lá do Alentejo e, para quem não sabe, lá para aquelas bandas esse é um grande elogio.

sábado, 22 de maio de 2010

sobrar de enfeitada

Estava eu a pôr o meu pézinho no Metro, enfarpelada na roupinha nova que pouco a pouco já me vai servindo, quando toca o telemóvel. Recuei, previdente, e ainda bem, porque daí a poucos segundos já estava disparada por aí a cima, pronta a ultrapassar todas as marcas e a subir a colina a duzentos à hora, mais coisa menos coisa. Tudo porque dona Madalena decidiu ficar com febre cinco minutos depois de eu sair, o mano estava num berreiro descomunal e a avó-baby-sitter achou melhor avisar-me, antes que o caldo entornasse de vez. Com o barulhinho de fundo que se ouvia pelo telefone, nem foram precisas muitas palavras para me fazer voltar para casa rapidamente.
E pronto, foi assim que acabou, ainda antes de ter começado, a minha noite de copos sem copos, de jantar no Chiado e conversa com os coleguinhas de turma, de quem ando cheia de saudades.
Um pormenor engraçado é que nessa noite não houve mais febre, nem no dia seguinte, nem nos outros a seguir. Ainda bem...

o homem perfeito

Família de passeio às Amoreiras onde dona Madalena se ia estrear na junk food com uma ida ao McDonald's e mamã planeava comer um cheeseburger antes de dar início à sua semana saudável. E foi aí, neste contexto, que se assistiu ao seguinte diálogo:
Ele - Olha, vai ali a Barbara Guimarães.
Eu, muito desinteressada - ai, é, ah...
Ele - está gorda.
Eu - mais do que eu?
Ele - muito mais.
E assim seguimos, tranquilamente, em direcção ao McDonald's.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Cromos cá de casa

Não me bastava já as sessões da Benfica TV, agora pai e filha têm mais um programa de televisão favorito: a extracção das bolas do Euromilhões, lotaria e afins. Pois é: as minhas duas encomendas divertem-se a adivinhar os números que vão saido, o pai a ver se sai a sua chave habitual que ele, como sempre, se esqueceu de registar, e a filha a treinar os seus conhecimentos de matemática que por enquanto se resumem ao número sete. Mal começa o genérico do programa, já dona Madalena está aos pulinhos e gritar "bolinhas, bolinhas" e depois papa aquilo tudo com toda a atenção, tal qual como o seu progenitor, tão iguaizinhos um ao outro nestas coisas, que até chateia.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Cromos da bola

Prenda para o Pedro: a caderneta de cromos do Mundial deste ano, o mesmo ano em que ele nasceu. Entretanto, o pai e a mãe divertem-se a comprar as carteirinhas e a colar os ditos, com a colaboração da mana Madalena, que ajuda a colar no sítio e ainda passa o dedinho por cima para se certificar que ficam bem coladinhos. Se alguém tiver para a troca, faça o favor de dizer que nós já temos um molhinho de repetidos.

São mais de 500 cromos, a 60 centimos cada carteirinha de cinco, sendo que os repetidos começam a acumular-se, porque os senhores da Panini não são parvos e querem fazer render o peixe. Ai, ai, que já me começo a arrepender...

terça-feira, 11 de maio de 2010

Ir à Avenida e não ver o Papa

E lá fomos nós ver o Papa. Descemos à Avenida, instalámo-nos confortavelmente num banco que, milagre, encontrámos vago, e tratámos de esperar pacientemente a passagem do Papamóvel a caminho do Terreiro do Paço para a missa. O problema é que o sitio era tão confortável, que dona Mada adormeceu ferrada, o senhor Pedro ressonou o tempo todo no marsúpio, e eu só não lhes segui o exemplo porque, enfim, uma mãe tem certas responsabilidades e, além disso, estava decidida a ver o Papa. O trânsito estava cortado, havia imensa gente à espera, outros tantos a descer para a Baixa de bandeirola em punho a caminho da missa, havia polícias espalhados por ali prontos a travar algum mirone mais entusiasmado, enfim, a Avenida estava magnífica. E estava eu a matutar em todos estes pensamentos plenos de profundidade e a lutar contra o sono, quando começam a aparecer as motas da polícia a anunciar a vinda de Bento XVI. Levanto-me um bocadito assarapantada, agarro nas crias, agarro no telemóvel para tirar uma foto, atrapalho-me com as teclas, ai, ai, onde raio é que eu carrego para aceder à máquina fotográfica, ai, ai, lá consigo, precisamente quando o papamóvel está a passar, carrego no botão e, azar dos azares, aquela coisa tem a memória cheia e não permite tirar nem mais uma foto. E entretanto o Papamóvel passou, com o seu ilustre passageiro, que já só consigo ver de costas.
E pronto, foi assim. Voltámos para casa e fomos ver o senhor na televisão. Mais cómodo e seguro.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Malucos

O Benfica - ou mais exactamente Oscar Taquara Cardozo - marca o segundo golo, eu olho para o lado, e onde é que está o meu homem? Pois bem, está agarradinho ao vizinho da esquerda, o senhor gordo, de bigode e olhar bovino que o acompanhou durante os jogos ao longo do campeonato. Estão os dois emocionados e estou capaz de apostar que, olhando bem, há uma ou outra lagriminha ali a escorrer. Afinal, o Benfica está a doze minutos de ser campeão e a partir dali é preciso um azar do tamanho do mundo para a festa não se fazer na Luz. Decido que o melhor é fingir que não acabei pura e simplesmente de ser ignorada e junto-me aos 64 mil e não sei quantos malucos que enchem o estádio e berram a plenos pulmões: Campeões, campeões, já somos campeões.
Passaram os doze minutos e o Benfica lá ganhou o título tão suado tão suado que só se resolveu na última jornada, mas não faz mal, isso não interessa nada e ala que se faz tarde, todos para o Marquês comemorar a coisa que não se sabe quando é que voltam a repetir a proeza. Ao que consta, foram 200 mil, mais do que são esperados para assistir amanhã à missa do Papa em Lisboa, que berraram e se embebedaram até altas horas, sob o olhar atento de Bento XIV, que acompanhou a festa da família benfiquista do alto do mega cartaz instalado na parede do hotel Fenix.
Nós rumámos a casa da tia Alexandra a dar de jantar aos petizes, mas vimos o fogo de artifício mais tarde, sentados na nossa varanda, os miúdos já de fralda mudada e enfiadinhos na cama. Foi uma bela festa, o grande acontecimento do ano em que tu nasceste, querido Pedrinho. Que interessa se as bolsas estão a cair, se o país está à beira da banca rota e se estamos todos prestes a ficar sem o 13º mês? o Benfica é campeão e, vão ver, no próximo mês aposto como os índices de confiança dos consumidores disparam por aí acima. Não há melhor do que isto para levantar o moral dos portugueses.

domingo, 9 de maio de 2010

sábado, 8 de maio de 2010

Alerta Madalena

Pedro num berreiro no quarto, eu na casa de banho a tentar lavar os dentes e dona Madalena preocupadissima com o mano, atrás de mim e puxar-me pela camisola: "Mamã, mamã, Pedinho chora, quéio, quéio, quéio. Leitinho mamã." Não há-de ser por ela não se conseguir explicar que ele vai passar fome.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Basta juntar leite

Dia de visita à enfermeira Cristina, para as vacinas dos dois meses e para verificar o peso e o comprimento do rapaz. Distribuiu sorrisos, chorou furiosamente quando, à traição, lhe espetaram com duas seringas e saiu de lá já quase a dormir no sling e com uma mamã toda satisfeita com os seus 5,035 kg, conseguidos totalmente à base de maminha de duas em duas horas. É um orgulho, este meu filhote.

Perguntas parvas

Eu, com aquela voz melosa de mãe babada - Quem é a menina mais linda do mundo, quem é?
Ela, com ar resignado - Manena, papá, Pedinho

domingo, 2 de maio de 2010

Madalena, a telefonista

A vítima costumava ser o Abílio que, graças às suas iniciais, vem sempre à cabeça da lista telefónica do telemóvel e que durante uns tempos ainda me ligava de volta de vez em quando, para saber o que eu lhe queria, mas às tantas fartou-se. É que a Madalena, sempre que apanhava o telemóvel à mão, tratava de lhe telefonar e lá tinha eu de dar a desculpa habitual. Entretanto a rapariga está mais entendida nas artes telefónicas e já não vai ao primeiro da lista. Dá-se ao luxo de passar o polegar pelo ecran tactil e depois, não sei com que critérios, lá elege a próxima vítima. Desta vez foi a Maria Ana, que teve a honra de um sonoro "olá" e de trocar umas palavritas com dona princesa, ao mesmo tempo que ia ouvido os sons de fundo aqui em casa, ou seja, eu a conversar. Tudo isto à minha frente sem que eu percebesse, porque pensei que ela estava a brincar ao faz de conta. Esta rapariga está um perigo. Tenho de ter cuidado com o que digo quando ela está de telemóvel na mão, que nunca se sabe quem está do outro lado.