domingo, 17 de abril de 2011

Aventura a três

Papá em Frankfurt e senhor Pedro com um peripapo assim por volta das três da manhã. Coisita pouca, vista agora à distância de vários dias, mas um pavor para a mamã, sozinha em casa com as crias, que o vê de repente começar a tremer furiosamente, olhos meio fechados meio abertos, com uma pontinha de febre, mas nada que justificasse aquilo.
Vai daí, ala que se faz tarde e lá vamos nós para o hospital. Nos planos iniciais, dona princesa ficava entregue à vizinha de cima, que, coitada, ainda foi acordada, mas cedo se percebeu que seria impossível convencer a rapariga a ficar na cama. Assim sendo, lá rumámos todos à Estefânia, pijama por baixo, casaco por cima, a dizer ao senhor do táxi que passasse os vermelhos que o miúdo não parava de tremer e ele, muito calmamente, a parar a cada amarelo.
Saímos do hospital às sete e meia da manhã, depois de uma bateria de análises, um Rx, e consultas com dois médicos. Diagnóstico: uma infecção viral, vá para casa, dê-lhe uns supositórios e volte daqui a três dias se entretanto não passar. A temedeira era a febre a subir e os olhos meio fechados, meio abertos, claro, era o sono que o rapaz tinha, em plena madrugada, mas agora é fácil ver as explicações óbvias.
Dona Princesa, entretanto, portou-se à altura e foi vê-la a andar pelos corredores, gatinha numa mão, chucha na outra, a cantar o "balão do João" enquanto esperávamos que o Pedrinho decidisse fazer chichi para a análise.
Foi muito bom. Às oito da manhã estávamos de novo na caminha, eu aliviada, ela toda satisfeita porque tinha andado de taxi duas vezes numa mesma noite e o Pedrinho sem febre.

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