domingo, 15 de maio de 2011

Praia

Foi o primeiro dia de praia do ano (cá em casa estas datas são sempre comemoradas) e o primeiro em que senhor Pedro pôs a pernoca na praia e gatinhou para todo o lado. No fim, em vez de um bebé, trouxemos para o carro um pequeno croquete, que mal se sentou na cadeirinha adormeceu. Enquanto estivemos na praia, nenhum dos progenitores teve licença para se sentar, rebolou várias vezes na areia, gatinhou por todo o lado, inclusive sobre as toalhas dos pobres vizinhos que nos calharam em sorte, e obrigou o pai a ficar tempos e tempos com ele na beira do mar, de pé na água, qual irredutível marinheiro que observa o oceano.
No meio de tudo isto, ainda arranjou tempo para comer qualquer coisita e infernizar a vida a Dona Princesa, que aterrou na toalha, debaixo do chapéu de sol, e se recusou a sair dali, não fosse distrair-se e aproximar-se demasiado do mar.
Quanto a nós, papá e mamã, esquecemo-nos completamente de colocar protector solar (já lá foi o tempo em que havia disponibilidade para esses luxos) e não tivemos grande tempo para comer e menos ainda para pegar nos livros que ingenuamente levámos (na verdade foi só um e quem o levou fui eu, vá-se lá saber porquê).
No final, exaustos e felizes, retirámos grandes ensinamentos destas duas horitas de praia:

1. nunca esquecer de encher os miúdos de protector antes de sair de casa. Lá torna-se impossível, sobretudo no caso do Pedrinho;
2. levar dois baldes, um para cada um, para evitar os chamados dramas da coxinha, que tanta lágrima fazem escorrer;
3. deixar em casa livros, jornais e outros que tais, que voltam exactamente como foram.
4. acordar mais vezes às sete e meia da matina e ir para o sol da Caparica, que isto com eles é bom que se farta;
5. não marcar nada para esses dias à tarde, pelar razões óbvias.





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