"E agora tu ficas com a minha filha enquanto eu vou trabalhar. Ela chama-se Ana e saiu agora da minha barriga e eu já estava grávida outra vez e o meu trabalho era entregar cartas. E tu és a avó e ficas com ela. Não te esqueças de lhe dar o biberão, duas gotas de cada vez e se ela chorar tu telefonas-me e eu venho imediatamente para cá. E agora eu ia-me embora e e tu dizias então adeus e não te preocupes que ela fica bem. Vá, agora vou-me embora levar as cartas. Eu sou carteirista. Adeus, adeus."
[Mada e mamã brincam às famílias enquanto na televisão uns senhores discutem a co-adopção como se não houvesse amanhã e esgrimem argumentos idiotas e vazios em nome do que eles dizem ser o superior interesse das crianças. Como se o superior interesse das crianças não fosse, acima de tudo, serem amadas e felizes, seja com um pai e uma mãe, dois pais ou duas mães.]
terça-feira, 28 de maio de 2013
segunda-feira, 27 de maio de 2013
O Aniversário da Princesa
Por isso, no sábado houve festa lá em casa, a comemorar o aniversário da princesa. A organização foi da mamã - e o menu também - mas a responsabilidade pelos convites foi dela e foi ela que decidiu quem lá queria ter. À parte a Laurinha, que já tinha a agenda preenchida, este ano só foram os meninos da escola, depois de uma escolha difícil, porque são 25 e era impossível convidar a todos. Foram os mais queridos - quase todos os que andam com ela desde a creche -, mais os respectivos pais, e o nosso jardim encheu-se de meninos, gargalhadas e brincadeiras, com Dona Princesa em grande stress ao início e a adormecer no sofá mal o último amigo saiu.
Era o dia dela e foi um dia muito bom. Das prendas todas, diz ela que a que mais gostou foi a da mamã: uma tenda que é mesmo um castelo de princesa, como qualquer princesa deve ter.
segunda-feira, 20 de maio de 2013
Abriu-se a caixa de pandora
Que grande lata, pois
Mamã e papá no jardim a apanhar a roupa e meninos na cama já prontos para dormir. Coisa de minutos, mas quando voltamos para casa estão os dois fora da cama, em grande aborrecimento. Pedrinho chora que quer a mamã, Madalena zanga-se com a mamã: "Eu a chamar, o Pedro a chamar e vocês não vinham. Então não vêem que ele está com tosse? Que grande lata!"
terça-feira, 7 de maio de 2013
Abril em Maio
É caso para dizer que Abril se prolongou por Maio e que os dois meses e as duas datas, afinal fazem todo o sentido juntas. E juro a pés juntos que não tenho nada a ver com isto e que sai tudo da "cabecinha esponja" de dona Mada.
segunda-feira, 6 de maio de 2013
Calvin foi ao dentista
O consultório do dr. Chico Alegre ficava numa garagem, ao fundo do quintal da grande casa onde ele vivia, na esquina da Praça da República com a Rua Nova. Às vezes era preciso esperar um bocadinho que ele acordasse da folga e fosse abrir a porta, mas eu não me importava nada e lá me sentava no degrau, com o cão pela trela, à espera e já a cozinhar um montão de perguntas para lhe fazer. O dr. Chico Alegre era veterinário, tinha uma paciência de santo comigo e era sempre eu que lhe levava o nosso cão (o do momento, entre os vários que foram passando pela família) quando era preciso vaciná-lo ou quando lhe aparecia alguma mazela. Não era preciso pagar, porque o meu pai depois, noutro dia qualquer, passava por lá e acertavam as contas, mas, tirando os medicamentos, ele nunca me levava nada. A minha mãe dizia-me sempre que perguntasse quanto era, mas eu invariavelmente esquecia-me, demasiado ocupada em saber para que serviam as seringas e agulhas e tesouras e todas as traquitanas que o dr. Chico guardava na garagem.
Esta semana lembrei-me muito do dr. veterinário da minha infância quando tive de levar o Calvin ao hospital. Tinha o focinho inchado, um dente partido, uma infecção, enfim, teve de ir ao dentista, o pobre. Um simpático senhor atendeu-nos e, em cinco minutos, disse o que achava que era o diagnóstico e que iria passar o caso à colega especialista. E nisto foram 35 euros.
Deixámos lá o gatinho, que foi sedado (mais 50) e submetido a uma extracção dentária (outros 30) e ainda teve direito a uma destartarização (25 euros). De análises e RX foram mais 55 euros e por um pack dentário que lhe aplicaram (pasta de dentes com flúor, segundo averiguei entretanto) foram mais 40 (??) euros.
Vou abster-me de aqui referir a factura final, mas era mais ou menos o mesmo que tínhamos orçamentado este mês para esterilizar a Gatinha, que está a ter os primeiros cios e corre louca pela casa a toda a hora. Assim sendo, neste momento temos uma gata tresloucada e um gato à beira de um ataque de nervos, porque já não a pode aturar e porque, como tem um belo colar, não pode coçar as orelhas nem ir dar os seus habituais passeios. Pelo menos o focinho já voltou ao tamanho normal.
Esta semana lembrei-me muito do dr. veterinário da minha infância quando tive de levar o Calvin ao hospital. Tinha o focinho inchado, um dente partido, uma infecção, enfim, teve de ir ao dentista, o pobre. Um simpático senhor atendeu-nos e, em cinco minutos, disse o que achava que era o diagnóstico e que iria passar o caso à colega especialista. E nisto foram 35 euros.
Deixámos lá o gatinho, que foi sedado (mais 50) e submetido a uma extracção dentária (outros 30) e ainda teve direito a uma destartarização (25 euros). De análises e RX foram mais 55 euros e por um pack dentário que lhe aplicaram (pasta de dentes com flúor, segundo averiguei entretanto) foram mais 40 (??) euros.
Vou abster-me de aqui referir a factura final, mas era mais ou menos o mesmo que tínhamos orçamentado este mês para esterilizar a Gatinha, que está a ter os primeiros cios e corre louca pela casa a toda a hora. Assim sendo, neste momento temos uma gata tresloucada e um gato à beira de um ataque de nervos, porque já não a pode aturar e porque, como tem um belo colar, não pode coçar as orelhas nem ir dar os seus habituais passeios. Pelo menos o focinho já voltou ao tamanho normal.
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