sexta-feira, 20 de julho de 2012

Ora bolas!


 
Ora bolas!
[para destacar ao início] A partir de Julho, que é quando os turistas chegam em força, vendem-se, em média, 4.000 por dia. Em Agosto, o número dispara para as 7.000. Juntando os restantes meses do Verão, são 465.000 bolas por ano, mais coisa menos coisa. O que dará um simpático volume de facturação na ordem dos 550 mil euros.
Há 40 anos um jovem casal de uma aldeia piscatória da costa algarvia, onde ainda mal começavam a chegar os turistas, fundou um pequeno e inovador negócio de bolas de berlim. Com creme e sem creme, que nessa altura a ASAE ainda não palmilhava ainda os areais. O negócio foi crescendo, ao mesmo ritmo a que todos os anos iam chegando os banhistas, e as bolas de berlim, que começaram por povoar o sotavento algarvio, estenderam-se ao barlavento e depois ao resto do país e acabaram por se tornar num símbolo dos verões portugueses.
Quanto ao jovem casal, lá foi fazendo as suas bolas, de Abril a Outubro e, adaptando-se às novas formalidades legais, garantiu a concessão para três extensos areais.
Tiveram dois filhos, um rapaz e uma rapariga, e trataram de lhes ensinar a sua arte. Depois vieram os netos, que apesar de ainda jovens, se juntaram também já ao negócio.
A receita é simples. Ovos, farinha, manteiga, açúcar (muito), óleo para fritar. E todos os dias, a partir das duas da manhã, lá está a família a preparar as bolas que, na manhã seguinte, serão distribuídas pelos turistas. Distribuídas, é como quem diz, que este ano cada uma custa 1,20 euros. 
São mais 20 cêntimos que no ano passado, mas isso não desencoraja os banhistas. As contas são simples e têm muitos dígitos: A partir de Julho, que é quando os turistas chegam em força, vendem-se, em média, 4.000 por dia. Em Agosto, o número dispara para as 7.000. Juntando os restantes meses do Verão, são 465.000 bolas por ano, mais coisa menos coisa. O que dará um simpático volume de facturação na ordem dos 550 mil euros. 
O avô e a avó já não trabalham, mas ainda supervisionam as bolas. Quanto ao resto da família, passa agradáveis e amenos Invernos, que o trabalho de Verão é duro. Duro, mas rentável.
Há 40 anos um jovem casal de uma aldeia piscatória da costa algarvia, onde ainda mal começavam a chegar os turistas, fundou um pequeno e inovador negócio de bolas de berlim. Com creme e sem creme, que nessa altura a ASAE não palmilhava ainda os areais. 

O negócio foi crescendo, ao mesmo ritmo a que todos os anos iam chegando os banhistas, e as bolas de berlim, que começaram por povoar o sotavento algarvio, estenderam-se ao barlavento e depois ao resto do país e acabaram por se tornar num símbolo dos Verões portugueses.

Quanto ao jovem casal, lá foi fazendo as suas bolas, de Abril a Outubro e, adaptando-se às novas formalidades legais, garantiu a concessão para três extensos areais.Tiveram dois filhos, um rapaz e uma rapariga, e trataram de lhes ensinar a sua arte. Depois vieram os netos, que apesar de ainda jovens, se juntaram também já ao negócio.

A receita é simples. Ovos, farinha, manteiga, açúcar (muito), óleo para fritar. E todos os dias, a partir das duas da manhã, lá está a família a preparar as bolas que, na manhã seguinte, serão distribuídas pelos turistas. Distribuídas, é como quem diz, que este ano cada uma custa 1,20 euros. São mais 20 cêntimos que no ano passado, mas isso não desencoraja os banhistas.

As contas também são simples e têm muitos dígitos: A partir de Julho, que é quando os turistas chegam em força, vendem-se, em média, 4.000 por dia. Em Agosto, o número dispara para as 7.000. Juntando os restantes meses do Verão, são 465.000 bolas por ano, mais coisa menos coisa. O que dará um simpático volume de facturação na ordem dos 550 mil euros. O avô e a avó já não trabalham, mas ainda supervisionam as bolas. Quanto ao resto da família, passa agradáveis e amenos Invernos, que o trabalho de Verão é duro. Duro, mas rentável.

(Texto publicado aqui)

2 comentários:

Patrícia Oliveira disse...

Quando li no teu outro post "bolas de berlim" fiquei curiosa... Aqui chamamos isto de "sonho", nome que vem bem a calhar pelo sabor, mas não pelas calorias =)

mena disse...

Ca tambem temos sonhos e nao sao exactamente a mesma coisa, apesar de parecidos. Bolas de berlim n sei fazer, mas sou especialista em as comer. Como, aliás, toda a genta cá em casa. E sem pensar muito nessa parte das calorias :)